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SLC Agrícola (SLCE3): Algodão estanca ferida da soja e evita números mais fracos no 2T24; o que fazer?

15 ago 2024, 12:09 - atualizado em 15 ago 2024, 17:26
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Algodão estanca ferida da soja e evita números mais fracos para a SLC Agrícola (Imagem: YouTube/SLC Agrícola)

A SLC Agricola (SLCE3) reportou uma queda de 7,8% no seu lucro líquido no segundo trimestre de 2024, passando para R$ 321,142 milhões, contra R$ R$ 348,719 milhões no ano passado. A receita líquida da SLC ficou em R$ 1,351 bilhão, queda de 6,4%, impactada diretamente pela soja, devido a menor produtividade na safra 23/24.

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A XP Investimentos avalia os números como fracos, ainda que ligeiramente melhores do que suas estimativas, devido às margens mais fracas de soja.

Do lado positivo, os analistas Leonardo Alencar, Pedro Fonseca e Samuel Isaak viram margens sólidas do algodão em 34,2%, após o aumento dos volumes da nova safra no mix de receitas (2022/23). Apesar da aceleração da comercialização, os estoques ainda estavam altos e a evolução das vendas de algodão é algo a ser observado de perto.

O Ebitda ajustado da companhia foi ligeiramente melhor em R$ 258 milhões (+5% vs. Xpe e -53% anualmente).

“Embora acreditemos que o mercado já tenha precificado resultados mais suaves para a soja, nosso viés é que o mercado deve reagir negativamente aos resultados do 2T da empresa. Mantemos nossa recomendação neutra e preço-alvo de R$ 19,60, pois continuamos com nossa visão de baixa sobre os preços dos grãos e não gostamos da assimetria da tese de investimento”, explicam.

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As ações SLCE3 caíram 2,47%, a R$ 17,75 no pregão desta quinta-feira (15).



SLCE3: Algodão estanca ferida

A Genial Investimentos também viu números enfraquecidos, diante da queda dos preços dos grãos, com o El Niño impactando a soja e o milho. Os grãos apresentaram números pouco resilientes e o algodão foi o responsável por sustentar os resultados.

“Mesmo com preços baixos de soja e milho, esperamos uma produção relevante na safra 24/25, dadas as condições favoráveis potencialmente trazidas pelo La Niña. Acreditamos que a dinâmica favorável do algodão persista ao longo dos próximos meses e siga ajudando a compensar parcialmente os números desanimadores da soja e do milho”, afirmam Igor Guedes, Rafael Chamadoira e Iago Souza.

Apesar disso, há uma tendência de redução de preços em 2025 para o algodão, à medida que as altas taxas de juros nos EUA reduzirem o ímpeto pelo consumo no varejo, o que deve fazer a demanda e preços caírem no médio prazo.

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“Todavia, acreditamos que as sinalizações positivas tragam um ganho para as ações através de safras mais favoráveis à frente. Além disso, damos atenção a outros drivers atrelados à redução de custo e aumento de eficiência que a companhia vem implementando. Portanto, negociando um EV/Ebitda 25E de 5,7x (vs. uma média histórica de 6,7x), transparecendo um desconto, reiteramos nossa recomendação de compra e preço-alvo de R$ 23,50.”

Com expectativa para uma melhora em 2025, com rendimentos normalizados e custos mais baixos, com o FX (mercado cambial estrangeiro) ajudando a impulsionar preços, o BTG Pactual vê a ação oferecendo um rendimento de FCF de 9,6% em 2025 e 12,5% para 2026, um número atraente à medida que o ciclo de commodities atinge o fundo, recomendando compra para ação (R$ 24).

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Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, também participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil e do Agro em Campo. Em 2024 e 2025, ficou entre os 100 jornalistas + Admirados da Imprensa do Agronegócio.
pasquale.salvo@moneytimes.com.br
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