Comprar ou vender?

SLC Agrícola surfa no bom momento do agronegócio e BTG eleva preço-alvo

26 out 2020, 17:00 - atualizado em 26 out 2020, 17:33
    SLC AgrícolaA corretora elevou o preço-alvo da empresa para R$ 32, potencial de valorização de 21%, e reiterou a recomendação de compra (Imagem: SLC Agrícola/Divulgação)

As ações da SLC Agrícola (SLCE3), uma das principais produtoras de algodão e soja do Brasil, estão atraentes, embaladas pelo bom momento vivido pelo agronegócio brasileiro, mostra relatório do BTG enviado a clientes.

A corretora elevou o preço-alvo dos papéis da empresa para R$ 32, potencial de valorização de 21%, e reiterou a recomendação de compra.

Os analistas Pedro Soares e Thiago Duarte se encontraram com CEO da SLC, Aurelio Pavinato, para conversarem sobre o futuro do mercado de commodities agrícola e os objetivos estratégicos da companhia.

“A SLC parece propensa a continuar a buscar uma estratégia focada em ROE (Retorno de Patrimônio Líquido) que inclui o crescimento da área plantada por meio de fazendas maduras arrendadas, dando-lhe um perfil de ativo mais leve”, disseram a dupla.

A empresa surfa no “boom” vivido pelo agronegócio. A crescente demanda por grãos (com um impulso da China), combinado com a recuperação do preço do algodão (apesar de uma demanda ainda fraca) e o real fraco puxaram os preços para um dos melhores patamares já registrados.

Tecnologia como mantra

A companhia também está focada em investir pesado em tecnologia, a chamada agricultura 4.0, que inclui agricultura de precisão e conectividade agrícola (com 4G celular já disponível em 5 fazendas).

“Os rendimentos da soja aumentaram 6% nos últimos 5 anos, e a SLC espera que esse ritmo de melhoria acima do histórico continue”, disseram a dupla.

Soja
A safra de soja pode ser recuperar caso caso os níveis de chuvas voltem a normalidade no final de outubro

Clima pode pesar

O clima seco e quente em toda a região centro-sul do Brasil começa a gerar impactos na produtividade.

A dupla destaca que a semeadura foi adiada na maioria das regiões do estado de Mato Grosso. Porém, a safra de soja se recuperará se caso os níveis de chuvas voltarem a normalidade no final de outubro. Já as safras de milho e algodão podem não ter a mesma sorte.

“A SLC acredita que ainda é muito cedo para dizer o quanto as safras podem ser afetadas, o que dependerá dos níveis de chuva nas próximas semanas e, principalmente, depois que as áreas de milho e algodão forem plantadas no início do próximo ano”, disseram.

Eles também aumentaram o investimento em 2021 em R$ 100 milhões no ano para refletir ” a nossa visão de que a SLC em breve embarcará um novo fase de expansão da área, o que poderia levar a um aumento material na até 2022″, disseram.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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