Small cap da bolsa fecha financiamento de R$ 449,7 milhões com o BNDES; veja os detalhes
A Orizon Valorização de Resíduos (ORVR3) anunciou, nesta quinta-feira (18), a assinatura de um contrato de financiamento de R$ 449,7 milhões com o BNDES para viabilizar o projeto de produção de biometano no Ecoparque de Paulínia (SP).
A operação foi firmada pela Biometano Verde Paulínia, joint venture formada pela Edge Comercialização, com 51% de participação, e pela própria Orizon, com 49%.
Do total financiado, 80% dos recursos vêm do Fundo Clima, enquanto os 20% restantes são oriundos da linha FINEM. O contrato tem prazo de 16 anos, com vencimento final em setembro de 2041.
A companhia informou ainda que o primeiro desembolso, no valor de R$ 242,5 milhões, ocorreu em 17 de dezembro. Tal montante será utilizado para o pagamento integral de um empréstimo-ponte, com vencimento em 31 de dezembro.
Segundo o comunicado, a implantação da unidade de produção de biometano está em estágio avançado, em linha com o orçamento e o cronograma previstos.
A jogada para se tornar o maior player do setor
O financiamento ocorre em meio a uma fase de forte expansão da Orizon. Ontem (17), a companhia anunciou a aquisição da Vital, num movimento que a colocará como a maior empresa do setor de resíduos do país em termos de volume destinado (passando de 8,7 milhões para cerca de 14,2 milhões de toneladas).
A estrutura combinada deve alcançar receita líquida anual superior a R$ 3 bilhões, Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) próximo a R$ 1 bilhão e lucro anual acima de R$ 350 milhões.
Atualmente avaliada em cerca de R$ 6 bilhões, a Orizon registrou receita de R$ 281 milhões e lucro líquido de R$ 27,3 milhões no terceiro trimestre (3T25).
Com a união das empresas, o grupo passa a ter valor de mercado estimado em R$ 9 bilhões.