Small cap dispara na bolsa e renova máxima após BofA ver ação a R$ 90; veja qual
As ações da empresa de tratamento de resíduos Orizon (ORVR3) dispararam quase 8% nesta quinta-feira (11), renovando máxima histórica intradia desde o IPO em 2021, acima de R$ 67, impulsionadas por um relatório do Bank of America (BofA), que iniciou a cobertura dos papéis com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 90.
Por volta das 14h40 (horário de Brasília), as ações da companhia subiam menos, cerca de 5,99%, e cotadas a R$ 66,06, o que representa potencial de valorização de aproximadamente 36%. Acompanhe o tempo real.
Entre os argumentos para tal visão positiva, os analistas Gustavo Faria e Andre Silveira, do BofA, destacaram o fato de a Orizon ser uma das principais beneficiadas pela formalização do mercado de resíduos no Brasil, impulsionada por avanços regulatórios, além de oportunidades únicas de crescimento em biogás.
Fluxos de caixa semelhantes aos de empresas de serviços de utilidade pública, porém com um poder de precificação muito mais forte do que os tradicionais setores de energia e água, também foram citados pelo banco em relatório enviado a clientes nesta quinta-feira (11), além de valuation atrativo.
“A Orizon oferece um vetor de crescimento que nenhuma ‘utility’ tradicional no Brasil possui: uma plataforma totalmente integrada capaz de converter resíduos de aterros em biogás, energia elétrica, biometano e créditos de carbono de alta integridade”, afirmaram Faria e Silveira.
Os analistas acrescentaram que a plataforma da companhia gera uma “impressionante” taxa de crescimento annual composta (CAGR) de Ebitda de aproximadamente 40% em três anos, o mais alto da cobertura do BofA, e cria um valor de escassez.
A dupla do banco também ressaltou que a Orizon oferece receitas de alta visibilidade por meio de contratos de longo prazo.
“A disposição de resíduos é um serviço que não pode ser adiado, mantendo os volumes estáveis e garantindo à empresa ganhos semelhantes aos de utilities de água ou energia, apesar de operar como a de um regime regulatório formal”, pontuaram, citando ainda reajustes de preços constantes acima da inflação.
“Prazos longos de licenciamento, de 8 a 10 anos, escassez de áreas adequadas e altas necessidades de investimento deixam os contratantes com poucas alternativas, proporcionando à Orizon uma alavancagem significativa nas revisões tarifárias“, escreveram.
*Com informações da Reuters