Giro do Mercado

Small caps e Petrobras (PETR4) são destaque hoje e estão no radar do mercado; o que vem pela frente?

12 maio 2025, 15:29 - atualizado em 12 maio 2025, 15:29

As small caps e o balanço do primeiro trimestre de 2025 da Petrobras (PETR4) são os principais destaques do mercado nesta segunda-feira (12). Enquanto investidores aguardam os resultados da petroleira, o índice que mede o desempenho de empresas com valor de mercado menor (B3: SMLL) registra alta de aproximadamente 19% no ano, superando o Ibovespa.

De acordo com Ruy Hungria, analista da Empiricus Research, a diferença no desempenho dos índices vem, principalmente, devido a guerra tarifária e o impacto no preço das commodities.

  • Quais são as top “Money Picks” para este mês? O Money Times ouviu analistas de toda a Faria Lima para descobrir; veja aqui o resultado 

“As commodities têm um peso muito grande no Ibovespa, com Vale (VALE3) e Petrobras (PETR3/PETR4) sendo quase 20% do índice”, afirmou no Giro do Mercado desta segunda-feira. Com isso, as quedas anuais das ações das empresas acabam pressionando o principal índice da B3 para baixo.

Na visão do analista, ainda há espaço para um crescimento maior do segmento de small caps, com algumas condições. Hungria afirma que, com um ciclo de redução da Selic e chances de um candidato pró-mercado nas eleições do próximo ano, a tendência é de valorização para o índice.

“A gente está só no começo de algo que pode ser bem relevante para o nosso mercado”, ressaltou o analista.

Em dia de afrouxamento na guerra tarifária dos Estados Unidos e China, os mercados operam no positivo. Os países entraram no acordo de diminuir as tarifas recíprocas para o patamar de 10% pelos próximos 90 dias.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O que esperar no balanço da Petrobras (PETR4)

O analista ressaltou que, apesar da alta na produção da Petrobras (PETR4), os olhos do mercado estarão focados no Capex (investimentos) da empresa e quais serão os impactos nos dividendos.

No último trimestre, a Petrobras reportou um capex de R$ 2 bilhões, o que, segundo Hungria, foi um “estouro”. De acordo com ele, o mercado ficou receoso com possíveis maus investimentos da empresa, o que já aconteceu anteriormente.

“Se tiver um outro estouro, por mais que os resultados estejam bons e sólidos, vai gerar mais uma reação negativa do mercado”, afirmou.

Compartilhar

Estagiária de Redação
Estudante da área de comunicação, cursando Jornalismo na Faculdade Cásper Líbero. Ingressou no Money Times em 2024 como estagiária.
marcela.malafaia@moneytimes.com.br
Estudante da área de comunicação, cursando Jornalismo na Faculdade Cásper Líbero. Ingressou no Money Times em 2024 como estagiária.