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Small caps são arrastadas para baixo em 2022, mas uma petroleira júnior se salva; veja resumo do ano

24 dez 2022, 9:00 - atualizado em 23 dez 2022, 12:06
PetroReconcavo
(Imagem: PetroReconcavo)

O ano de 2022 não foi bom para as small caps. Com investidores priorizando teses mais consolidadas, como as de grandes produtoras de commodities, as empresas de menor capitalização de mercado ficaram em segundo plano.

Segundo Murilo Breder, analista de investimentos do Nubank, comparando o desempenho das blue chips e das empresas pagadoras de dividendos, percebe-se que as companhias de menor porte são as que estão mais para trás.

“Uma das formas de se observar isso é pegar o Índice Small Cap (SMLL) e dividi-lo pelo Ibovespa. Essa razão não apenas está no menor patamar do ano como ultrapassou a mínima registrada em 2018″, afirma o analista.

Breder destaca que o descompasso das small caps é “uma grande oportunidade” para investidores com viés de longo prazo.

Destaques do ano

O Índice Small Cap da B3 caminha para encerrar o ano em queda, tendo acumulado até 22 de dezembro uma desvalorização de aproximadamente 17%. São poucas as exceções positivas do SMLL, enquanto as quedas superam 80%. É o caso da Espaçolaser (ESPA3), que despenca em torno de 84%.

Um dos papéis que mais subiram pertence a uma petroleira júnior. Com alta acumulada de 55%, a PetroReconcavo (RECV3) é um dos destaques positivos do SMLL.

A PetroReconcavo é uma operadora independente que atua no mercado brasileiro há mais de 20 anos. A empresa foi se desenvolvendo na operação, no desenvolvimento e na revitalização de campos maduros de petróleo e gás em bacias terrestres (onshore).

O Inter Research tem atualmente recomendação de compra para a ação da PetroReconcavo. Na tese, a instituição cita os bons resultados reportados pela companhia na última temporada de balanços, referente ao terceiro trimestre.

Apesar do aumento dos custos na comparação trimestral devido à expansão do quadro com pessoas e com operações ligadas ao aumento da produção, o Inter avalia que a PetroReconcavo conseguiu apresentar um bom controle da linha de despesas operacionais.

“Assim, com o somatório destes, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi registrado em R$ 423 milhões, alta de 11% trimestre a trimestre e 215% ano a ano, demonstrando a grande geração de caixa da empresa”, avalia.

Outro destaque positivo do relatório da PetroReconcavo, segundo o Inter, foi a evolução expressiva da receita, fruto do avanço da produção, de preços do petróleo ainda em patamares elevados e do câmbio favorável.

A receita operacional líquida da petroleira foi registrada em R$ 804 milhões, alta de 16% no comparativo trimestral e 209% na base anual.

“Em nossa opinião, a PetroReconcavo apresentou a melhor evolução das júniores de Óleo e Gás sob nossa cobertura, com números que devem permanecer crescentes, principalmente com incremento da entrega de barris, apesar da pressão no preço da commodity”, avalia Rafael Winalda, analista do Inter.

O Inter tem preço-alvo ao fim de 2023 de R$ 35 para RECV3.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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