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Só sobra boi porque brasileiro come pouca carne e exportação não influencia nos preços

14 jul 2022, 10:06 - atualizado em 14 jul 2022, 10:22
Boi Nelore Pecuária de Corte
Fraqueza do consumo interno é evidenciada nos preços do boi (Imagem: Embrapa)

Apesar da expressiva participação externa na pecuária de corte brasileira, em avanço sobre 2021, ainda que com pequena piora mês contra mês desde março último, está bastante evidenciada a força carregada pelo consumo interno na precificação do boi.

A população come menos carne bovina, os negócios mais fluídos com dianteiros (mais baratos) não injetam dinheiro na cadeia, o atacado corta preços (R$ 19 a R$ 19,50 o kg) e a matéria-prima voltou a sobrar.

Os frigoríficos alongaram as escalas novamente, já batendo final de julho, porque o boi não vendido oferece folga.

O volume de animal pronto, em junho, já se percebia menor com o avanço da entressafra, mas o consumo bambeou feio novamente.

Na semana passada, Money Times registrou que no Norte de São Paulo, praça formadora de preços no estado, negócios só para quem aceitava R$ 290 a @ para boi comum, de mercado interno.

Acima de R$ 310 só boi China.

Na média, no comércio com esses dois tipos, sim, acaba dando a referência na casa dos R$ 300 a R$ 305. A Scot Consultoria está mais próxima, tendo levantado R$ 308 ontem em São Paulo

Mas ainda tem análises mostrando que não. Que boi com essa premiação está em R$ 320 e o comum nos R$ 310, o que elevaria a média, ou até muito mais que esses dois tetos, como o Cepea da quarta que marcou acima de R$ 330, em valorização de 1,74%.

Cada um com sua metodologia.

Na B3 (B3SA3) parece que não cola essas projeções maiores. A realidade lá é a realidade do mercado físico. E o futuro de setembro está em queda novamente agora, seguindo os passos dos últimos dias.

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Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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