Vamos (VAMO3) sobe 18%, enquanto Suzano (SUZB3) lidera perdas do Ibovespa — veja o que foi destaque na bolsa durante a semana

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A primeira semana de julho foi agitada no mercado local. A largada do segundo semestre foi marcada pelo morde e assopra do governo sobre o cenário fiscal.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez uma série de críticas ao Banco Central e, não à toa, o dólar à vista ultrapassou o R$ 5,70 na última terça-feira (2). No dia seguinte, o discurso mudou e o chefe do Executivo reafirmou o compromisso com a responsabilidade fiscal.

“Teremos política econômica para continuar crescendo, política de renda e continuaremos com a responsabilidade fiscal. Aqui nesse governo, responsabilidade fiscal não são palavras, mas é um compromisso de governo desde 2003”, disse o presidente durante o lançamento do Plano Safra para a Agricultura Familiar na quarta-feira (3).

Contudo, Lula ainda não apresentou detalhes sobre como pretende cumprir a meta fiscal, dizendo apenas que não pretende fazer o ajuste sobre as pessoas mais pobres do país.

Na tentativa de reduzir o nervosismo do mercado, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou o corte de R$ 25,9 bilhões em gastos do governo no próximo ano.

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Os dados econômicos divulgados durante da semana ficaram em segundo plano. Entre os destaques, a produção industrial recuou 0,9% em maio em relação a abril, marcando uma queda de 1,0% na comparação com o mesmo mês do ano anterior, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As expectativas em pesquisa da Reuters eram de quedas de 1,7% tanto para a comparação mensal quanto na base anual.

Por fim, o Ibovespa (IBOV) terminou o pregão em leve alta de 0,08%, aos 126.267,05 pontos. Na semana, o índice acumulou alta de 1,90%. 

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Já o dólar comercial (USBRL), negociado no mercado à vista, terminou a última sessão com queda a R$ 5,4623 e recuou 2,25% nos últimos cinco pregões.

Exterior

Nos Estados Unidos, a semana foi recheada por dados econômicos apesar da pausa pelo feriado de 4 de Julho.

Na última quarta-feira (3), a ata da mais recente reunião do Comitê Federal do Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês). No documento, o BC norte-americano afirmou que ‘não está pronto’ para cortar os juros até ‘maior confiança’ de que a inflação está convergindo para a meta de 2%.

Na sexta-feira (5) foi a vez do relatório oficial de empregos. O payroll mostrou uma desaceleração em relação a maio e o desemprego subiu 4% em maio para 4,1% em junho. A previsão era de estabilidade a 4%.

Os dados reforçaram as apostas de corte nos juros pelo Fed até dezembro deste ano.

Na Europa, as eleições concentraram as atenções. No Reino Unido, o Partido Trabalhista venceu as eleições. Com uma vitória expressiva, os trabalhistas conquistaram 410 das 650 cadeiras do Parlamento britânico, superando os 326 assentos necessários para a maioria na Câmara dos Comuns, encerrando um ciclo de 14 anos de governos conservadores.

Com isso, líder do Partido Trabalhista, Keir Starmer, deve assumir o posto de primeiro-ministro e substituir Rishi Sunak.

Ainda no cenário político, os franceses devem voltar às urnas no próximo domingo (7).

O grupo de extrema-direita e seus aliados devem conquistar entre 190 e 250 dos 577 assentos na Assembleia Nacional. Esse número é abaixo dos 289 necessários para aprovar facilmente projetos de lei e avançar com sua agenda.

Confira a seguir as maiores altas e quedas do Ibovespa entre 1º e 5 de junho:

Na reta final da semana, as ações cíclicas ganharam força com fechamento da curva de juros — depois de o governo anunciar o corte de quase R$ 26 bilhões em gastos públicos.

Entre as maiores altas, Carrefour (CRFB3) subiu mais de 16% com Citi elevando a recomendação de neutra para compra. O preço-alvo, porém, foi reduzido de R$ 13,50 para R$ 13, com a revisão de estimativa do lucro liquido em 2024 e 2025.

Confira as maiores altas do Ibovespa na semana:

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Maiores quedas do Ibovespa

A queda de mais de 2% do dólar na semana, com peso maior entre quinta (4) e sexta-feira (5), pressionou as companhias exportadoras. Entre elas, Suzano (SUZB3), ficou entre as maiores perdas do último pregão do Ibovespa e liderou a ponta negativa do índice na semana.

Confira as maiores quedas do principal índice da bolsa brasileira na semana: