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Sobra de trigo que NO/NE deixarão no Sul dará mais folga para suprir a ração travando a saca em R$ 10 a menos

13 ago 2021, 13:14 - atualizado em 13 ago 2021, 13:15
Suínos Carnes Commodities Agronegócio
Demanda por rações enxugará mais o trigo com menor participação do milho na composição (Imagem: Unsplash/Diego San)

A relação milho e trigo na atual temporada das duas culturas entrou definitivamente na agenda do agronegócio brasileiro. A espremida oferta cara do primeiro, especialmente ao fim desta safrinha quebrada, jogará o segundo para a barriga dos animais, o que já não é novidade para os mercados.

Partindo da mais recente previsão da De Baco Corretora, o Rio Grande do Sul é um bom exemplo desse cruzamento entre o cereal mais antigo consumido no mundo e o milho.

Do potencial excedente de 2,5 milhões de toneladas que o estado terá, na correlação direta com o pouco apetite que os moinhos do Norte e Nordeste terão, pela alta dos preços, devendo motivar importações mais baratas, não chega nem na metade “da falta de abastecimento que a indústria de ração reclama”, exemplifica Marcelo De Baco.

O trigo é colhido majoritariamente em novembro. E como a safra de verão do milho é insuficiente, tradicionalmente e ainda sem descontar as possíveis disfunções climáticas, o CEO da corretora gaúcha acredita que 1 milhão ou mais deverão seguir para compor a ração, preenchendo o buraco do milho, nos três estados do Sul.

Há perspectiva de se travar a saca de 60 kg de trigo a R$ 88, contra os R$ 98 da cobrada hoje.

As condições gerais da safra do trigo, que entre as previsões iniciais, entre março e abril, falava-se acima de 7,2 milhões/, na média de vários analistas e Conab, pode sofrer um revés forte pelo Paraná, onde a seca e depois as geadas balançaram as apostas de alta.

É certo, porém, como lembra mais uma vez Marcelo De Baco, que há um aumento de área, com os produtores mais animados desde quando se evidenciava a necessidade de o trigo suprir parte do milho (inclusive na China). E isso já deixava “os preços preços internos acima da paridade de exportação”, acrescenta o trader e analista.

De cereja do bolo, as dúvidas sobre o total de oferta mundial, via Rússia e Ucrânia, entre produção menor e retenção para seus mercados.

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Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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