Soja atinge mínima em 6 semanas em Chicago com a proximidade da colheita no Brasil
Os contratos futuros da soja da bolsa de Chicago caíram ao menor valor em seis semanas nesta sexta-feira, com as preocupações sobre a desaceleração da demanda de exportação para os suprimentos dos EUA e a iminente colheita de uma grande safra brasileira estimulando uma rodada de liquidação de comprados, segundo analistas.
Os futuros do milho e do trigo seguiram o tom fraco, pressionados pelo aumento da oferta global de grãos.
A soja para janeiro fechou em baixa de 16,25 centavos, a US$10,7675 o bushel, próximo do nível mais baixo do contrato desde 30 de outubro.
Os futuros de milho caíam 5,25 centavos, para US$4,4075 o bushel, e os futuros de trigo recuaram 4,45 centavos, para US$5,2925 por bushel.
A soja registrou as maiores quedas percentuais, com os operadores preocupados com o fato de a janela para as exportações de soja dos EUA estar se fechando, já que os agricultores brasileiros devem começar a colher uma safra abundante em apenas algumas semanas.
O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) confirmou a venda de 132.000 toneladas de soja norte-americana para a China na sexta-feira, a última de uma série de vendas desde o final de outubro.
As autoridades dos EUA disseram que o principal comprador global, a China, compraria 12 milhões de toneladas da oleaginosa após uma trégua comercial no final de outubro.
Mas os analistas estão preocupados com o fato de que a demanda de exportação de soja dos EUA poderá se esgotar em breve, à medida que os suprimentos sul-americanos se tornarem disponíveis.
“Depois que a China acabar, quem comprará a soja dos EUA, com os descontos brasileiros e o tamanho da safra de lá?”, perguntou Dan Basse, presidente da AgResource Co. com sede em Chicago.
Na quinta-feira, a Conab reduziu sua previsão para a safra de soja do país para 2025/26 para 177,12 milhões de toneladas, ainda um recorde, se confirmado.