Commodities

Soja e milho seguem sofrendo com o rally de incertezas na Bolsa de Chicago

19 fev 2020, 14:20 - atualizado em 19 fev 2020, 14:28
Agrônomos checam plantio de soja em Cruz Alta (RS)
Principal grão brasileiro exportado ainda sofre com o mercado em suspenso pela China (Imagem: REUTERS/Inaê Riveras)

As duas das principais commodities agrícolas, que tinham chances de altas ontem (segunda as bolsas dos Estados Unidos não abriram) se fossem confirmadas as informações divulgadas sobre certo alívio nas condições epidêmicas do coronavírus, ainda sofrem dos rally de incertezas. A soja e o milho não expressam as perspectivas altistas de antes da doença.

A oleaginosa em Chicago (CBOT), que até recuou pouco na terça – de 0,12% a 0,11% nos contratos mais curtos –, nesta quarta (19) permaneceu boa parte do dia no lado negativo da tabela, já rompeu para o positivo, voltou e agora exibe alta moderada. Março avança 2 pontos e o maio 0,50, em US$ 8,94 e US$ 9,02, por volta das 14h20 (Brasília).

Falta definição das compras chinesas no mercado dos Estados Unidos, o que daria suporte de alta firme na medida que demonstraria o déficit global esperado, confirma o analista Vlamir Brandalizze, se alinhando a outros que a imprensa tem apresentado.

No Brasil, a soja está atrativa, com o dólar em alta dando sustentação no mercado interno em reais. Mais a antecipação das vendas da safra nova, aliviando a pressão da oferta.

Quanto ao milho, a situação é menos de curto prazo. O cereal está contemplado nas vendas acordadas dos Estados Unidos para China, de US$ 52 bilhões, juntamente com o trigo. O que daria mais peso na composição do balanço mundial.

Além disso, destaca ainda Brandalizze, o etanol de milho deve subir no mercado chinês, com a mistura da gasolina indo para um mandato de 10%. Nesta terça subiu nos futuros da bolsa americana de Chicago, hoje perde 3 pontos e 2,75, em US$ 3,80 e R$ 3,84.

E a China está liberando estoques para as granjas de aves e suínos, com a debacle que a epidemia está proporcionando no manejo e abastecimento do setor.

 

 

 

 

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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