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Soja: será que não é momento de vender antes que dólar caia mais e clima melhore nos EUA?

07 jun 2021, 9:34 - atualizado em 07 jun 2021, 11:35
Soja ,Argentina
A estimativa é que haja em torno de 40 milhões de toneladas de soja brasileira não negociadas externamente (Imagem: REUTERS/Enrique Marcarian)

O rali dos grãos no mercado futuro de Chicago está sendo neutralizado para os exportadores brasileiros com o dólar barateando as vendas. Mas será que não é hora de fechar novos negócios com a soja?

Se a perspectiva do clima mais seco sobre a safra dos Estados Unidos não se alongar e a moeda americana manter o viés de baixa, dois cenários bastante prováveis, será pior.

“Sim, o produtor deve aproveitar o momento”, acredita Marlos Correa, da InSoy Commodities.

Ao redor de 38 a 40 milhões de toneladas da safra 20/21 de soja estão disponíveis. Nem todos tem capacidade de carregá-las para o segundo semestre, pelo menos, à espera de cotações melhores, seja por compromissos vencendo e por custos logísticos.

As informações que chegam dos Estados Unidos são de que nem todos os estados estão sofrendo com a estiagem que voltou há alguns dias, embora os mais prejudicados sejam os mais importantes, como Iowa. Mas os mapas climáticos não mostram adversidades além de junho.

“E com estoques baixos, a resposta climática sempre é positiva”, afirma Correa, acrescentando: “Mas se tudo ocorrer bem com a safra americana mercado vai se sentir mais confortável e não veremos grandes ralis na soja para o futuro”.

A China também está passiva nas importações, tanto pelas travas que o governo impôs para frear a especulação dos fornecedores, quanto porque está bem abastecida de momento. A demanda, assim, segue morna.

Sem que o governo brasileiro produza ruídos que aumentem o risco, ou a CPI da Covid-19 não precifique a baixa do real com fatos comprometedores, o câmbio vai seguir ao sabor do PIB positivo de 1,2% no primeiro trimestre e projeção de até 5% em 2021.

Às 9h30 (Brasília), os vencimentos mais próximos na CBOT, julho e agosto, estão acima aproximadamente 28 a 30 pontos, a US$ 16,11 e US$ 15,68 o bushel.

 

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Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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