Soja sobe em Chicago com dólar mais fraco e ameaças tarifárias precificadas

Os contratos futuros da soja em Chicago ganharam força nesta quarta-feira (16), devido ao enfraquecimento do dólar e a um relatório de que a China estaria aberta a negociações comerciais com os EUA, embora a grande oferta da América do Sul e a demanda chinesa quase inexistente por grãos americanos continuassem a pairar sobre o mercado, disseram os analistas.
Os futuros do milho e do trigo subiram, também apoiados por um novo enfraquecimento do dólar americano, o que torna as exportações dos EUA mais competitivas.
O contrato de soja mais ativo subiu 2,75 centavos, para US$10,3875 por bushel.
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O milho ganhou 2,25 centavos, para US$4,9175 por bushel, e o trigo subiu 5 centavos, para US$5,61 por bushel.
O índice do dólar voltou a se aproximar das mínimas de três anos atingidas depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou suas políticas tarifárias.
A China, de longe o maior comprador de soja dos EUA, impôs tarifas retaliatórias aos Estados Unidos, o que tornará mais cara a importação de safras americanas.
No entanto, a situação “baixista” da guerra comercial em curso já foi considerada no mercado, disseram os analistas. Na quarta-feira, uma reportagem da Bloomberg afirmando que o governo chinês estaria aberto a negociações comerciais criou um sentimento positivo no mercado e fortaleceu os futuros da soja.
“Isso está aumentando o otimismo de que talvez as negociações comerciais possam começar mais cedo ou mais tarde”, disse Randy Place, analista da Hightower Report.
O excesso de chuva e as inundações no Meio-Oeste dos EUA retardaram o plantio de milho e deram suporte aos futuros.