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Sonho do Japão de 40 milhões de turistas em 2020 pode acabar em apenas 5 milhões

20 jun 2020, 17:00 - atualizado em 18 jun 2020, 12:56
Japão Turismo
Pode demorar muito até o retorno dos turistas, que representam 90% dos visitantes ao Japão (Imagem: Unsplash/@malcoo)

O Japão pode receber menos de 5 milhões de turistas em 2020, já que a meta do governo de receber 40 milhões de visitantes se choca com a realidade da pandemia de coronavírus, avalia o economista do SMBC Nikko Securities, Koya Miyamae, que alerta para um impacto econômico a longo prazo.

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O número de turistas que visitaram o Japão despencou para 1,7 mil no mês passado, segundo dados da Organização Nacional de Turismo do Japão divulgados na quarta-feira. É o nível mais baixo desde 1964, pois a pandemia fechou as fronteiras do país. Desde janeiro, apenas 3,9 milhões de pessoas visitaram o Japão.

“É realmente difícil ver quando os visitantes voltarão”, disse Miyamae.

Como as restrições devem ser levantadas apenas para pessoas que viajam a negócios e estudantes, pode demorar muito até o retorno dos turistas, que representam 90% dos visitantes ao Japão e gastam mais durante o período no país, acrescentou.

É provável que a forte queda da renda obtida com turistas pese a longo prazo na economia japonesa, pois o país perde um dos poucos exemplos claros de sucesso da chamada Abenomics, a política econômica do primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe.

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Miyamae estima que a queda dos gastos turísticos pode reduzir o crescimento do segundo trimestre em cerca de 1,6 ponto percentual, o que seria apenas uma fração da queda anualizada de 22,4% esperada por analistas devido ao impacto do vírus.

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É provável que a forte queda da renda obtida com turistas pese a longo prazo na economia japonesa (Imagem: Unsplash/@jezael)

Ainda assim, é provável que a pandemia tenha implicações de longo prazo para o setor de turismo, uma vez que as empresas precisam diminuir as expectativas de crescimento de visitantes e responder às necessidades de distanciamento social.

“É lamentável, mas o próprio setor será forçado a mudar. Não está realmente claro o quanto pode se recuperar. Algumas restrições podem ser flexibilizadas, mas é melhor supor que não haverá uma recuperação muito forte”, afirmou.

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