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S&P 500 nas máximas históricas: BofA vê poucos gatilhos para novas altas e prevê índice aos 6.300 pontos em dezembro deste ano

13 jul 2025, 13:13 - atualizado em 13 jul 2025, 13:13
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Para a estrategista de ações, a redução do risco de recessão e os lucros das empresas têm impulsionado o S&P 500, mas não há gatilhos para novos recordes no curto prazo (Imagem: 400tmax/Getty Images Signature)

Os índices de Wall Street têm renovado recordes nominais históricos nas últimas semanas apesar do aumento da volatilidade dos mercados e a aversão ao risco dos investidores como o cenário fiscal e comercial dos Estados Unidos

As recentes máximas fizeram o Bank of America (BofA) atualizou o preço-alvo para o S&P 500 de 5.600 pontos para 6.300 pontos no final deste ano. Na última sexta-feira  (11), o índice encerrou a sessão aos 6.259,75 pontos. O novo preço-alvo estima apenas 0,6% de valorização até dezembro de 2025.

O banco também aumentou a estimativa para o S&P 500 e projeta que o índice atinja os 6.600 pontos nos próximos 12 meses. 

Para a estrategista de ações Savita Subramanian, a “Big Beautiful Bill” — lei que ampliou os gastos do governo e a redução dos impostos, que deve gerar um déficit de mais de US$ 3 trilhões nos próximos anos — e a redução dos riscos de recessão da economia norte-americana têm sido os principais fatores que sustentaram as recentes altas nos índices de Wall Street, mesmo com os acordos comerciais ‘provisórios’. 

Ela ainda afirma que os desempenhos das empresas continuam “intactos” a despeito da incerteza política no maior nível histórico e os rendimentos (yields) dos títulos do Tesouro norte-americano, os Treasuries, nas máximas em várias décadas. 

“A maioria das empresas continuou a orientar seus lucros, e a dispersão das estimativas (uma medida da incerteza do lucro por ação) está próxima das mínimas pós-Covid”, disse Subramanian em relatório.

“A volatilidade cambial, a inflação e as taxas de juros não conseguiram abalar as margens do S&P 500 desde a Covid – as empresas se adaptaram ou saíram do índice”, acrescentou. 

O que esperar do S&P 500 agora? 

Para a estrategista de ações do BofA é difícil identificar um catalisador positivo para o S&P 500 no curto prazo. 

“As projeções negativas e as revisões em abril/maio melhoraram para níveis médios, mas as surpresas econômicas se dissiparam. E a essência dos lucros corporativos, os lucros das empresas de tecnologia, deve desacelerar”, afirma Savita Subramanian em relatório.

Ela ainda avalia que a aprovação do “Big Beautiful Bill” segure um impulso fiscal menor e que a postura do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA) — de manter os juros elevados em ‘modo de espera’ sobre os impactos da política comercial de Donald Trump — não indica um corte na taxa de juros no curto prazo. 

Contudo, a estrategista afirma que “o envelhecimento demográfico e a inflação estável criam um cenário convincente de oferta e demanda para uma renda à prova de inflação e favorecem facilmente as ações em detrimento dos títulos”.

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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