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S&P atinge “circuit breaker” conforme Wall Street ignora as ações do Federal Reserve

16 mar 2020, 17:27 - atualizado em 24 out 2020, 19:11
Mercados Wall Street NYSE
Decisões recentes do Federal Reserve geraram pessimismo nos mercados mundo afora (Imagem: REUTERS/Lucas Jackson)

Ações dos EUA e da Europa sofreram durante a abertura de mercado desta segunda-feira, conforme investidores ignoraram um anúncio pelo Federal Reserve sobre o corte das taxas de juro para quase zero em uma tentativa de repelir o impacto econômico do coronavírus.

No início do dia de negociação em Wall Street, a média industrial de Dow Jones (DJIA, na sigla em inglês) caiu 9,7% enquanto a S&P despencou 8,1%, ocasionando uma pausa nas negociações.

Por todo o gráfico, índices de ações na Europa negociaram em vermelho. O índice da Financial Times Stock Exchange (FTSE) caiu mais de 6% e o índice DAX da Alemanha perdeu 8%. O índice Euro Stoxx 50, um índice de gigantes ações europeias, estava sendo negociado abaixo de 8,7%.

Desempenho do índice S&P 500 em crises econômicas

No domingo, o Federal Reserve anunciou uma série de medidas para combater a ameaça crescente da propagação do coronavírus na economia global, incluindo um corte de taxas em 100 pontos-base. Além do corte, o Fed apresentou um plano de US$ 700 bilhões para adquirir títulos do tesouro e valores mobiliários lastreados em hipotecas.

Ainda assim, a jogada não foi suficiente para acalmar mercados por conta do impacto da atividade econômica decrescente por conta da pandemia. Ontem, 15, a cidade de Nova York anunciou que suspenderia orientações pessoais em escolas públicas conforme fechava restaurantes e bares.

Em uma declaração a seus clientes, Goldman Sachs destacou ser provável que a ação da Fed não seja suficiente para um “aumento de preço sustentável em ativos de risco”, afirmando a necessidade para estímulos fiscais e uma ideia mais clara do impacto do coronavírus.

“Achamos que maiores condições de risco de mercado vão melhorar quando: (i) pudermos entender melhor a profundidade e duração da próxima queda econômica (ou seja, poderá haver uma recuperação, mas ainda não a vemos claramente), (ii) políticas se tornarem bem mais fortes, incluindo estímulos fiscais e medidas para prevenir falhas no setor privado, ou (iii) valorações se tornem extremas o suficiente para abranger a maioria dos contextos de declínio para a economia. De qualquer forma, acreditamos que ainda não estamos lá.”

Estímulos fiscais poderiam acontecer. Conforme noticiado pelo jornal The Hill, o Senado dos EUA pode aprovar o uso de um pacote de estímulo para o coronavírus, além de considerar uma outra rodada de estímulos.

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