São Paulo

São Paulo fecha restaurantes e shoppings em finais de semana e após 20h em dias úteis

22 jan 2021, 13:50 - atualizado em 22 jan 2021, 14:33
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A decisão de reforçar a quarentena ocorre após o Estado registrar três semanas seguidas com mais de 10 mil casos novos de Covid (Imagem: Reuters/Amanda Perobelli)

O governo de São Paulo anunciou nesta sexta-feira medidas mais rígidas para conter a Covid-19 mediante uma disparada recente nos casos e nas mortes provocadas pelo coronavírus, colocando o Estado inteiro na fase vermelha –a mais rigorosa– do plano de combate à Covid-19 entre 20h e 6h nos dias úteis e também aos finais de semana e feriados.

Durante a fase vermelha imposta nesses horários, estabelecimentos como bares, restaurantes, comércios não essenciais e shoppings estão proibidos de funcionar.

Nos finais de semana de 30 e 31 de janeiro e 6 e 7 de fevereiro esses estabelecimentos terão de permancer fechados, assim como os parques. As medidas passam a vigorar a partir de segunda-feira.

A decisão de reforçar a quarentena ocorre após São Paulo registrar três semanas seguidas com mais de 10 mil casos novos de Covid, com o número de óbitos pela doença dobrando nas últimas semanas, de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde.

Sem medidas mais restritivas e com o atual ritmo de crescimento de pacientes internados em leitos de terapia intensiva com Covid-19, em 28 dias o Estado poderia sofrer um esgotamento dos leitos de UTI, segundo o governo paulista.

“Precisamos que pessoas estejam vivas para que possam ir a restaurantes, shoppings e parques”, disse o governador de SP, João Doria, no anúncio das novas medidas, acrescentando que o governo não irá ceder a protestos contra os fechamentos dos estabelecimentos.

De acordo com o Centro de Contingência da Covid-19 do governo de São Paulo, que recomendou o reforço das medidas, o cenário para os próximos dias no Estado pode ser “sombrio” diante da alta transmissibilidade do vírus, e as medidas anunciadas poderão ser reforçadas se necessário.

João Doria
“Precisamos que pessoas estejam vivas para que possam ir a restaurantes, shoppings e parques”, disse o governador de SP, João Doria (Imagem: Youtube/Governo de São Paulo)

“Se as medidas não forem cumpridas há o risco de termos dificuldade com a oferta de leitos hospitalares”, disse João Gabbardo, coordenador executivo do centro de contingência. O governo paulista também anunciou a abertura de 750 leitos de Covid-19 para lidar com o aumento da demanda.

Além de decretar a fase vermelha em todo o Estado nos horários específicos, o governo estadual reclassificou a situação de diversas regiões do Estado, que agora ficará totalmente nas duas fases mais rigorosas –vermelha e laranja.

A região da Grande São Paulo foi reclassificada da fase amarela para a laranja, o que limita o horário de funcionamento e a capacidade de atendimento de estabelecimentos comerciais e proíbe o funcionamento de bares. Sete regiões foram colocadas na fase vermelha e 10 na laranja. O governo acrescentou que nenhuma região será reclassificada para fases menos rigorosas até 8 e fevereiro.

O governo paulista também informou que, diante do quadro mais grave, decidiu retirar a obrigatorieade de as crianças do ensino público comparecerem presencialmente às aulas nas fases vermelha e laranja. As escolas, porém, poderão permanecer abertas.

São Paulo é o Estado com os maiores números de casos e de óbitos por Covid-19 no Brasil, com 1,6 milhão de infecções confirmadas e 51.192 óbitos.

(Atualizada às 14h32)

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