S&P reafirma classificação de crédito ‘AA+’ dos EUA citando aumento de receita tarifária

Para S&P, aumento de receita com tarifas vai compensar impacto fiscal de pacote de Trump (Sasirin pamai's Images)

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A S&P Global reafirmou nesta segunda-feira (18) sua classificação de crédito ‘AA+’ para os Estados Unidos, dizendo que a receita proveniente das tarifas do presidente Donald Trump compensará o impacto fiscal de seu recente pacote de cortes de impostos e gastos.

Trump sancionou em julho um pacote de cortes de impostos e gastos, apelidado de “Grande e Belo Projeto de Lei” (“One Big Beautiful Bill Act”). O projeto, que concedeu novas isenções fiscais, também tornou permanentes os cortes de impostos de Trump de 2017.

“Em meio ao aumento nas tarifas efetivas, esperamos que uma receita tarifária significativa compense, de forma geral, os resultados fiscais mais fracos que, de outra forma, poderiam estar associados à recente legislação fiscal, que contém tanto cortes quanto aumentos em impostos e gastos”, disse a S&P em comunicado.

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“No momento, parece que a receita tarifária significativa tem o potencial de compensar os aspectos geradores de déficit da recente legislação orçamentária.”

Os EUA reportaram um aumento de US$ 21 bilhões na arrecadação de tarifas alfandegárias provenientes das tarifas de Trump em julho, mas o déficit orçamentário do governo ainda cresceu quase 20% no mesmo mês, alcançando US$ 291 bilhões.

Desde que voltou ao poder em janeiro deste ano, Trump lançou uma guerra comercial global com uma série de tarifas que miram produtos e países específicos. O presidente estabeleceu uma tarifa-base de 10% sobre todas as importações para os Estados Unidos, além de tarifas adicionais sobre determinados produtos ou países.

A S&P afirmou que a perspectiva da classificação dos EUA permanece estável. A agência de classificação espera que o Federal Reserve, frequentemente criticado por Trump por não cortar os juros com rapidez suficiente, “navegue pelos desafios de reduzir a inflação doméstica e abordar vulnerabilidades nos mercados financeiros”.

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A agência concorrente Moody’s rebaixou a classificação da dívida soberana dos EUA em maio, citando o aumento da dívida.