Economia

S&P vê Brasil mais ‘arrumado’ e eleva perspectiva para positiva

14 jun 2023, 17:20 - atualizado em 14 jun 2023, 18:12
Bandeira do Brasil
S&P vê melhora no cenário brasileiro (Imagem: Unsplash/ Rafaela Biazi)

A S&P elevou a perspectiva do Brasil de estável para positiva, reafirmando o rating “BB-“, mostra relatório divulgado nesta quarta-feira (14). Para o tão sonhando grau de investimento, no entanto, o país precisaria subir mais três degraus.

A última vez que a nota de crédito do Brasil ficou positiva foi em 2019.

Segundo a agência de classificação de risco, o país ganhou pontos após apresentar maior certeza sobre políticas fiscais e monetárias estáveis que podem beneficiar as atuais perspectivas de baixo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil.

Sobre o arcabouço fiscal, aprovado no mês do passado pela Câmara dos Deputados, a S&P diz que o novo texto será mais frouxo que teto de gastos, mas manterá gatilhos que levaram à melhora fiscal.

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Já a reforma tributária deve “levar tempo e exigir capital político significativo”.

Além disso, a agência afirmou que, apesar de ainda elevados déficits fiscais, o crescimento contínuo PIB somado ao arcabouço fiscal proposto podem resultar em um aumento menor da dívida do governo do que o inicialmente esperado.

“Tais desenvolvimentos reforçariam nossa visão da resiliência da estrutura institucional do Brasil, com estabilidade na formulação de políticas baseada em amplos freios e contrapesos entre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário do governo”, disse a S&P.

A agência, como de costume, também citou os cenários que poderiam levar a uma elevação na nota de crédito, ou a um rebaixamento.

Do lado negativo, poderia levar a um corte na nota de crédito a inadequada estrutura de políticas econômicas ou uma implementação deficiente que resulte em crescimento econômico limitado, e, consequentemente, em uma deterioração fiscal ainda maior e endividamento acima do esperado.

Já do lado positivo, a S&P citou que uma elevação de rating pode acontecer caso as instituições governamentais sejam capazes de implementar uma política econômica pragmática que contenha as vulnerabilidades das finanças públicas e crie uma base para um maior crescimento econômico. “Essencial para isso seria a aprovação de reformas adicionais — entre elas uma reforma tributária atualmente em debate”, disse a agência.

Com informações da Reuters

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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