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Spread dos frigoríficos se já tinha sido bom em agosto, vai ficar melhor em setembro

05 set 2021, 9:16 - atualizado em 05 set 2021, 11:25
Argentina,Carnes
Melhora a margem de compra dos frigoríficos significa que a retração do boi foi alta (Imagem: REUTERS/Marcos Brindicci)

Os frigoríficos estão aumentando a vantagem das margens entre a compra do boi e a venda da carne. E entraram em setembro mais favorecidos, depois do episódio da vaca louca atípica confirmada pelo governo.

Fora dois picos do preço do boi gordo em agosto, a R$ 317 e R$ 319, a média para mês ficou em torno de R$ 312,50, ao se olhar a tabela do Cepea para São Paulo. Em julho, a média foi pouco mais de R$ 316.

Enquanto isso, as exportações cresceram 6% sobre o mesmo período de 2020, e sob pressão positiva do dólar em R$ 5,20 aproximadamente, compensando, para os frigoríficos com boa exposição externa, a fraqueza do mercado interno

Desde o dia 1º, o indicador da Esalq/B3 (B3SA3) para o mercado físico perdeu R$ 10.

O resultado é que o spread entre a aquisição do animal e a comercialização da carne saiu do mês passado acima de 7%, ou até em 10% para lotes de grandes confinadores, em adentrou em setembro subindo pela saída das indústrias das compras entre quando a suspeita da vaca louca chegou ao mercado à última sexta.

Fora a derretida que já era visível também nos contratos futuros na bolsa.

E Money Times chamou a atenção para a folga dos frigoríficos antes do episódio que balançou o mercado nos últimos dias.

Ainda que haja uma interrupção das exportações, até que os importadores, especialmente China, se certifiquem dos resultados do teste e confiem no diagnóstico de que os dois casos foram atípicos (doença surge espontaneamente em animais velhos, sem risco de contaminação), deverá ser momentânea.

E ainda, no mercado interno, a Agrifatto notou que houve um surpreendente reforço da carne no atacado, em R$ 0,50, subindo a R$ 19,40 ao final da semana.

Em paralelo, já há uma visível queda do milho e da soja – pela colheita da safrinha, do cereal, e pela entrada da safra americana e o plantio no Brasil, da oleaginosa – favorecendo um pouco mais a compra de ração pelos próximos dois a três meses.

Nesse cenário, tira um pouco do ímpeto do produtor em forçar as cotações.

 

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Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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