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Startup vai disseminar rede Helium no Brasil com aporte de US$ 800 mil da Fuse Capital

20 jan 2022, 8:02 - atualizado em 20 jan 2022, 8:11
Acima, Lucio Netto e Gustavo Nascimento, sócios da Illios, startup que irá fazer instalação e gestão de hotspots que permitem conexão à internet de longo alcance sem intermediários, dando retorno financeiro em criptomoedas aos investidores (Imagem: Illios/Reprodução)

A recém-criada startup Illios acaba de receber um aporte de US$ 800 mil da Fuse Capital, com participação da Transfero, para estruturar suas operações e ampliar no Brasil o acesso à rede Helium (HNT), que usa o protocolo LoRaWAN (Long Range Wide Area Network) aliado a incentivos de remuneração em criptoativos.

Para que isso aconteça, a Illios vai ofertar no Brasil hotspots de conexão, e oferecerá o serviço de gestão dos nós de rede aos proprietários. 

A Helium foi criada em 2013 com a missão de fornecer o primeiro WiFi de ponta a ponta (do inglês, “peer-to-peer”).

Na prática, qualquer pessoa ou empresa que adquirir um hotspot pode prover a rede, que usa bandas não licitadas, tem longo alcance e baixa intensidade – algo vantajoso para serviços de IoT (internet das coisas) simples, como monitoramento de iluminação urbana, de produtos na cadeia de fornecimento ou gestão de semáforos de rua.

Já a vantagem para o proprietário dos hotspots é a remuneração pelo uso da internet em tokens HNT, criptomoeda nativa da Helium. 

Hoje, há inúmeros nós de rede espalhados pelo mundo, mas a tecnologia é ainda incipiente na América Latina. A Illios pretende preencher esse deserto facilitando o acesso aos modems e à gestão sobre seu uso. 

“A remuneração em HNT pode ser convertida em dólares e ser usada no mundo real. O valor acaba dando também estabilidade à rede, pois é um incentivo para que não seja desligada pelos proprietários”, diz o cofundador da Illios Lucio Netto.

“Nosso objetivo é minerar com propósito, ao permitir o desenvolvimento de soluções em IoT para pessoas, governos e empresas.” 

Antes da Illios, Lucio e seu sócio, Gustavo Nascimento, criaram a Phygitall, empresa de IoT baseada em LoRa.

Entre os projetos da Phygitall estão os desenvolvidos para a Marinha do Brasil, a Embraer (EMBR3), a Gerdau (GGBR4; GGBR3) e a Ambev (ABEV3). Eles também projetaram a Rede IoT Brasil, organização sem fins lucrativos, com o objetivo de pensar aplicações reais para a internet das coisas no país. 

“Essa semente que plantamos lá atrás se mostrou muito viável na fundação da Illios, pois retoma nosso interesse de não só trazer aplicações para a indústria e o público em geral, mas trazer conectividade”, diz Gustavo.

“A Illios se predispõe a construir uma rede sem fio com governança, estratégia de rede segura e que é, ao mesmo tempo, colaborativa”, acrescenta.

A estruturação da empresa foi feita com o apoio da Fuse. Com o aporte, a Illios pretende ter dez hotspots instalados na cidade do Rio de Janeiro até o final deste mês.

Posteriormente, irá fabricar seus próprios aparelhos. Os empreendedores também querem criar parcerias com universidades para fomentar a educação para essa tecnologia, com spacelabs e disponibilização de instrumentos e recursos que permitam a prototipação de dispositivos para as instituições de ensino. 

Em entrevista ao Crypto Times, os sócios da Illios disseram que pretendem expandir, no futuro, a quantidade de hotspots na cidade carioca e no país. Para eles, a rede Helium traz um novo propósito, que vai além da lógica “da cripto pela cripto”, visto que carrega um benefício social em sua configuração.

Quando questionados sobre a venda de equipamentos de hotspots, os sócios da startup afirmaram que, em um primeiro momento, o foco será no grupo de companhias que investiu na empresa, as quais serão as donas dos primeiros equipamentos.

Para um segundo momento, a Illios intenciona disponibilizar os equipamentos para pessoas físicas e outras instituições.

“A Illios é um exemplo de revolução na forma de se fazer negócio. Este é o cerne da economia descentralizada e tem total sinergia com as competências da Fuse, que busca relacionar cripto com várias outras verticais de negócios”, conclui Dan Yamamura, sócio da Fuse Capital, casa de investimentos focada em tecnologias disruptivas.

“A decisão de investimento se deu pela tese de construção de efeitos de rede no mundo real potencializados pela tecnologia blockchain. O Brasil ainda é um mercado pouco explorado dentro dessa tese e a rede da Helium ainda é incipiente no país, o que motiva o investimento realizado”, completa Carlos Russo, diretor financeiro da Transfero.

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Repórter
Graduada em Letras (Português/Inglês) pela Universidade de São Paulo (USP). Iniciou sua carreira como estagiária de revisão na Editora Ática, local em que atuou depois como revisora freelancer. Já trabalhou para o The Walt Disney World, nos Estados Unidos, em um programa de intercâmbio de estágio, experiência que reforçou sua paixão pela língua inglesa e pela tradução. Estagiou na Edusp, e integra, há um ano, a equipe do Money Times como repórter-tradutora de notícias ligadas a criptomoedas.
vitoria.martini@moneytimes.com.br
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Graduada em Letras (Português/Inglês) pela Universidade de São Paulo (USP). Iniciou sua carreira como estagiária de revisão na Editora Ática, local em que atuou depois como revisora freelancer. Já trabalhou para o The Walt Disney World, nos Estados Unidos, em um programa de intercâmbio de estágio, experiência que reforçou sua paixão pela língua inglesa e pela tradução. Estagiou na Edusp, e integra, há um ano, a equipe do Money Times como repórter-tradutora de notícias ligadas a criptomoedas.
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