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Startups: 5 dicas para atrair um investidor anjo em 2022

14 jan 2022, 17:44 - atualizado em 14 jan 2022, 18:11
Startup Escritório
Saber se vender e ter um bom modelo de negócio são duas dicas de ouro (Imagem: Unsplash/Israel Andrade)

2021 foi um bom ano para as startups.

No ano passado, os investimentos bateram um novo recorde e chegaram a marca dos US$ 9,43 bilhões investidos no Brasil, segundo dados divulgados pela plataforma de inovação Distrito nesta última quarta-feira (12).

O sonho de todo empreendedor do setor é se tornar um unicórnio, jargão utilizado para classificar empresas que atingiram valor de mercado superior a US$ 1 bilhão.

No entanto, para chegar lá, é necessário muito esforço e grandes rodadas de investimentos. Ou, em último caso, atrair a atenção de um investidor anjo.

Pensando nisso, o Money Times entrevistou Guilherme Enck, cofundador da CapTable, para trazer 5 dicas de como atrair o investidor anjo em 2022, confira.

1 – Modelo de negócios claro

O primeiro passo para se atrair um investidor anjo é ter um modelo de negócios claro.

Ou seja, um problema, dor (como é usado no linguajar dos startupeiros) ou lacuna existente no mercado e que a empresa tenha conseguido mostrar que consegue preencher esse vácuo.

“A empresa precisa de um produto lançado no mercado para suprir alguma dor, e o mercado deve responder o que precisa desse produto para suprir essa falta. Além disso, é preciso ter a disposição do público em pagar para ter aquele produto”, analisa.

2 – Saiba se vender

Um segundo ponto é ter um grupo de executivo que vai conseguir levar a companhia para a expansão.

“Quando olhamos para uma startup e a comparamos com uma empresa tradicional, percebemos que ela não possui uma trajetória, pois ela ainda vai se desenvolver. Então, ter fundadores que passam essa confiança para o investidor anjo é fundamental”, explica Enck.

Com isso, Enck enxerga que um dos pontos principais são os fundadores saberem se vender, mostrando para os investidores que vão dar conta do recado e, por fim, desenvolver a empresa.

Guilherme Enck
“Ter fundadores que passam esse confiança para o investidor anjo é fundamental”, explica Enck (Imagem: Israel Baruk/CapTable)

3 – Defina muito bem a alocação de recursos

Uma outra dica é ter um bom plano de alocação de recursos.

Segundo Enck, nenhum investidor anjo vai querer investir em uma empresa com pouco planejamento financeiro.

“Então é importante saber quanto dinheiro vai ser investido em pessoas, em TI, marketing, equipamentos, entre outras coisas”, comenta.

4- Aumentar receitas sem crescer os custos

Para se tornar atrativa para os investidores, a startup precisa mostrar que tem pelo menos um plano para aumentar as receitas sem maximizar os custos.

“Um exemplo muito simples é: se empresa conseguir mostrar que consegue atender 10 clientes com o mesmo custo que atende um cliente, ela mostra que tem um grande potencial de crescimento. E isso é um fator positivo para o investidor”, diz Enck.

5 – Proposta de valor bem definida

Os fundadores das empresas precisam ter uma proposta de valor bem definita.

Segundo o cofundador da CapTable, o investidor sempre tem interesse em aplicar seu dinheiro e ter um retorno acima do que foi investido.

Por isso, o valor de avaliação da empresa não pode ser acima do que for considerado justo e as projeções de valor futuro devem estar dentro da realidade.

Dessa forma, a empresa precisa mostrar quais são as etapas necessárias para atingir o valor desejado, quanto de dinheiro ela vai precisar pegar com o investidor e o quanto que isso equivale na participação dos lucros.

“Um exemplo é, hoje estou valendo R$ 500 mil, quero chegar em R$ 1 milhão e reciso de 20% do valor atual da minha empresa para chegar lá. Isso tende a atrair o investidor”, conclui.

Repórter
Formado em jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie em Julho de 2021. Bruno trabalhou no Money Times, como estagiário, entre janeiro de 2019 e abril de 2021. Depois passou a atuar como repórter I. Tem experiência com notícias sobre ações, investimentos, empresas, empreendedorismo, franquias e startups.
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Formado em jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie em Julho de 2021. Bruno trabalhou no Money Times, como estagiário, entre janeiro de 2019 e abril de 2021. Depois passou a atuar como repórter I. Tem experiência com notícias sobre ações, investimentos, empresas, empreendedorismo, franquias e startups.
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