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Startups brasileiras atraem mais de 40% dos investimentos de venture capital na América Latina

31 ago 2022, 16:04 - atualizado em 31 ago 2022, 16:04
Startups
Microsoft lança projeto para fomentar startups com mulheres em cargos de poder (Imagem: Unsplash/Israel Andrade)

As startups da América Latina arrecadaram U$ 5 bilhões em venture capital no primeiro semestre de 2022, apontou a LAVCA (Associação de Investimento em Capital Privado na América Latina) em apresentação do estudo 2022 LAVCA VC & Tech Mid-Year Tendências na América Latina. Neste cenário, o Brasil se destaca como o maior mercado deste tipo de investimento.

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O estudo aponta que, no Brasil, foram investidos US$ 2,2 bilhões em 232 transações, representando 41% do capital e 43% dos negócios da região.

A LAVCA, em parceria com a Microsoft (MSFT34) e a Bertha Capital, apresentou os dados com foco na presença das mulheres no setor, bem como as iniciativas para fomentar startups fundadas por e com mulheres em cargos executivos.

Segundo o estudo, houve aumento nos investimentos em startups lideradas por mulheres – ou com, pelo menos, uma presente no conselho –, que passaram de 16% em 2019 para 31% em 2022, equivalendo a um terço do valor total investido na América Latina.

O Brasil foi apontado como o principal impulsionador dos aportes para o empreendedorismo feminino, com os investimentos direcionados às startups fundadas por mulheres passando de 15% para 30%, no período entre 2019 e 2022.

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Women Entrepreneurship (WE)

Com todo o cenário sobre as startups e a presença das mulheres no setor, Franklin Luzes, vice-presidente de inovação, novos negócios e startups em fase de crescimento acelerado na Microsoft Brasil, apresentou o programa Women Entrepreneurship, o WE.

O WE é um programa desenvolvido pela Microsoft Participações e lançado em 2019, em parceria com o Sebrae Nacional e a M8 Partners, e com o apoio da Bertha Capital, sendo o primeiro fundo de VC (Venture Capital) focado apenas em empreendimentos liderados por mulheres.

“A lacuna de diversidade no mercado de Venture Capital é um reflexo da nossa sociedade e do mercado de tecnologia como um todo. Segundo dados do Female Founders Report 2021, quando se trata de empreendedorismo tradicional, 46,2% das empresas são fundadas por mulheres. No entanto, no ecossistema de inovação, onde os empreendimentos têm foco em tecnologia, essa representação é de apenas 9,8%”, explica Franklin Luzes.

Luzes aponta ainda que é preciso ter um olhar intencional para o setor e buscar mais diversidade quando se trata de direcionar investimentos.

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WE Ventures

A WE Ventures é o braço de investimentos da WE, que investe em startups de tecnologia fundadas por mulheres e com cargos executivos ocupados por elas. Além disso, a WE Impact é uma das investidas e agora atua como “Venture Builder”, ajudando startups lideradas por mulheres a melhorar suas soluções e alcançar as próximas etapas de desenvolvimento.

A iniciativa busca atacar o dado de que apenas 2% dos investimentos de risco iam para startups fundadas por mulheres, conforme apresentado.

“Por meio da WE Ventures e WE Impact criamos um ecossistema que, em dois anos, já conta com mais de 1.500 startups inscritas, 15 projetos sendo analisados e 8 investimentos diretos ou indiretos concluídos”, explicou o vice-presidente de Inovação, Transformação e Novos Negócios da Microsoft.

Para isso, a Microsoft conta com parceiras em diferentes áreas, como a Suzano, Sabin, Multilaser, entre outras.

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O fundo WE Ventures tem como foco as startups de tecnologia com faturamento mínimo anual de R$ 200 mil, com pelo menos uma mulher em cargo de liderança e com ao menos 20% de participação acionária. Contudo, o investimento é de fundo semente, com isso, não podem investir em empresas com faturamento superior a R$ 16 milhões.

 

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Os investimentos em startups de tecnologia conduzidas por mulheres busca fugir do eixo SP-RJ, conforme Luzes apontou em coletiva. Para isso, estados como Santa Catarina e Minas Gerais também já foram contemplados.

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Mais do que investimento financeiro, mentorias, treinamentos e suporte técnico foram apontados como parte da investida nessas startups.

Para além da mulher

Ao serem questionados sobre o investimento em startups ter sido direcionado para mulheres brancas e sobre quais seriam as atitudes voltadas para a diversidade e inclusão também de mulheres negras, entre outras questões que a diversidade abrange, Thiana Müller, diretora de Fundos da Bertha Capital, destacou a cartilha “Princípios de Empoderamento das Mulheres para Startups”, elaborada pela WE Impact em parceria com ONU Mulheres e Gema Consultoria em Equidade.

O material visa levar conhecimento e informação para empreendedores, e servir como um guia de boas práticas para incentivo e fomento a participação de mulheres no ecossistema de inovação, bem como aborda questões voltadas para a diversidade na totalidade. A cartilha pode ser acessada aqui.

“Queremos mostrar que o comprometimento com a equidade de gênero pode, e deve, estar presente ao longo de toda a jornada de uma startup”, disse a diretora de Fundos da Bertha Capital, também representando a WE Impact.

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Apesar disso, Müller e Luzes apontaram que lidar com o número de startups especificamente de tecnologia conduzida por mulheres foi o desafio inicial, e apontaram que o número é ainda menor no recorte de mulheres negras, mas destacaram estar trabalhando nisso para o futuro.

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
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