Pesquisas

Startups brasileiras são as que mais recebem investimentos desde 2019, com R$ 108 bilhões em 2023; como captar?

07 out 2023, 15:00 - atualizado em 06 out 2023, 16:46
Startups
Startups: a concentração de capital investido no Brasil também é o maior (Imagem: Pixabay Limassol/Cyprus)

Desde 2019 até 2023, as startups brasileiras receberam US$ 21,9 bilhões (cerca de R$ 108,4 bilhões) em investimentos, conforme mostra o relatório Panorama Tech, da plataforma Distrito. Segundo o estudo, os investimentos aconteceram por meio de 3.471 mil rodadas de financiamento.

Em segundo lugar está o México, com US$ 5,3 bilhões (cerca de R$ 27 milhões), em 670 rodadas, seguido pela Colômbia, em terceiro lugar, com US$ 4,7 bilhões (R$ 24,45 milhões) e 470 rodadas.

A pesquisa apurou que ainda que a concentração de capital investido no Brasil também é o maior, e tem aumentado após leve queda no ano passado e no ano retrasado. Enquanto em 2019 e 2020, a porcentagem de investimentos foi de, respectivamente, 60,2% e 65,9%.

Em 2021 e 2022, essa marca caiu para 59,6% e 58,1%, respectivamente. Agora em 2023, a concentração de investimentos volta a crescer, subindo para 63,9%.

Startups e os investimentos

Igor D’Azevedo, CEO e cofundador da fintech Inklo, acredita que a captação de recursos pode ser desafiadora, mas é extremamente positiva para as empresas que focam em escalonar e consolidar o negócio. Segundo ele, é a partir de iniciativas como essas que as startups têm maiores chances de sucesso.

Já o executivo Vitor Moreira, diretor gerente da Oxygea, destaca que “o cenário de reprecificação de startups, que aconteceu globalmente nos últimos dois anos trouxe mudanças relevantes no ecossistema”.

Na perspectiva de Moreira, a busca por valuations (valor da empresa) mais conservadores é evidente, assim como a adoção de estratégias de crescimento menos agressivas, “que levam em consideração a capacidade de lucratividade e geração de caixa das companhias”.

“Modelos de negócios escaláveis e previsibilidade de Cash Burn (taxa de consumo) são diferenciais relevantes também, assim como fatores como Runway alongado e previsibilidade de breakeven (equilíbrio da empresa) deixam de ser vantagem competitiva e se tornam a nova norma para startups que buscam investimentos”, destaca.

Repórter
Graduanda em jornalismo pela Universidade Estácio de Sá. Tem experiência cobrindo mercados, ações, investimentos, finanças, negócios, empreendedorismo, franquias, cultura e entretenimento. Ingressou no Money Times em 2021.
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Graduanda em jornalismo pela Universidade Estácio de Sá. Tem experiência cobrindo mercados, ações, investimentos, finanças, negócios, empreendedorismo, franquias, cultura e entretenimento. Ingressou no Money Times em 2021.
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