Política

STF encaminha à PGR pedido de investigação contra Bolsonaro em caso de suspeita de propina

01 jul 2021, 18:25 - atualizado em 01 jul 2021, 18:25
Jair Bolsonaro
Além do pedido da deputada Natália Bonavides, três senadores apresentaram esta semana ao STF pedido para que o Ministério Público abra inquérito contra Bolsonaro (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber encaminhou para manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR) um pedido de investigação apresentado pela deputada federal Natália Bonavides (PT-RN) contra o presidente Jair Bolsonaro por suspeita de prevaricação no âmbito de supostas irregularidades na negociação de vacinas contra a Covid-19 pelo Ministério da Saúde.

No pedido enviado ao STF, a deputada solicitou que a PGR fosse acionada para investigar indícios de corrupção, associação criminosa, advocacia administrativa e prevaricação, citando denúncia feita pelo policial militar Luiz Paulo Dominguetti representante da Davati Medical Supply de que teria recebido pedido de propina de 1 dólar por dose de vacina de um servidor do Ministério da Saúde.

Segundo Dominguetti, o pedido de propina em negociação pela vacina da AstraZeneca foi feito pelo então diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias  que também é alvo do pedido de investigação apresentado pela parlamentar ao Supremo.

Dias foi demitido pela pasta após a revelação da denúncia. Ele nega ter cometido irregularidades.

A AstraZeneca negou ter qualquer intermediário para venda de vacinas, lembrando que fechou contrato com o Brasil diretamente com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Se considerar que há elementos, a PGR poderá pedir a abertura de inquérito contra Bolsonaro e o ex-diretor do ministério ao Supremo. Posteriormente, se houver elementos, poderá denunciá-los criminalmente.

Além do pedido da deputada Natália Bonavides, três senadores apresentaram esta semana ao STF pedido para que o Ministério Público abra inquérito contra Bolsonaro por suposto crime de prevaricação em caso envolvendo suspeitas de irregularidades na compra da outra vacina, a Covaxin.

reuters@moneytimes.com.br