Corrupção

STJ afasta governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa, por suspeita de esquema de R$ 73 milhões em contratos da pandemia

03 set 2025, 15:49 - atualizado em 03 set 2025, 15:49
Governador de Tocantins Wanderlei Barbosa

O governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa (Republicanos), foi afastado do cargo por 180 dias nesta quarta-feira (3). A decisão partiu do ministro Mauro Campbell Marques, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), no âmbito da segunda fase da Operação Fames-19.

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A investigação apura um esquema de corrupção em contratos emergenciais firmados durante a pandemia, que teria causado um prejuízo de R$ 73 milhões aos cofres públicos.

De acordo com a Polícia Federal, os valores foram desviados de contratos para fornecimento de cestas básicas e frangos congelados entre 2020 e 2021, e depois ocultados em empreendimentos de luxo, compra de gado e despesas pessoais.

Dinheiro vivo no gabinete do governador de Tocantins

Na primeira fase da operação, em agosto de 2024, a PF cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao governador, incluindo o Palácio Araguaia, sede do governo.

No gabinete do governador de Tocantins, os investigadores encontraram R$ 32,2 mil em espécie, ao lado de carimbos do próprio governador e de seu chefe de gabinete, Marcos Martins Camilo.

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Além disso, foram apreendidos R$ 35,5 mil, US$ 1,1 mil e 80 euros no escritório particular localizado em sua residência.

Segundo a Polícia Federal, os saques de grandes quantias em espécie e o dinheiro encontrado reforçam a convicção de que atos de corrupção passiva ocorreram e continuam a ocorrer no Poder Executivo estadual.

O que diz a Justiça

Além de Barbosa, a primeira-dama Karynne Sotero Campos, secretária extraordinária de Participações Sociais, também foi afastada. A decisão cita indícios de peculato, corrupção passiva, fraude a licitação, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Mais de 200 policiais federais cumpriram 51 mandados de busca e apreensão em Tocantins, Distrito Federal, Paraíba e Maranhão.

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Barbosa classificou a medida como uma “decisão precipitada”. Em nota, disse que os fatos investigados ocorreram quando ainda era vice-governador e “não ordenador de despesas”.

O político afirmou que determinou auditoria nos contratos e prometeu recorrer para retomar o cargo.

Com o afastamento, o governo passa ao vice, Laurez Moreira (PSD), rival político de Barbosa. Em 2024, o governador chegou a aprovar a chamada “PEC do Apego”, que limitava a posse do vice durante suas ausências do Estado.

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Jornalista com especialização em Gestão de Mídias Digitais. Atua como repórter nos portais de notícias Money Times e Seu Dinheiro.
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