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Stone (STNE) tem lucratividade abaixo do esperado e mercados não perdoam

19 ago 2022, 17:33 - atualizado em 19 ago 2022, 17:53
Stone
Empresa lida com problemas velhos e impaciência do mercado (Imagem: Facebook Stone)

A Stone (STNE;STOC31) parece não ter conseguido fechar ainda a caixa de pandora aberta no segundo trimestre de 2021.

O aumento de provisões para lidar com a alta inadimplência nos produtos de crédito já havia penalizado as métricas de rentabilidade da empresa nos três trimestres anteriores. A questão voltou a aparecer na última divulgação e tem gerado impaciência no que concerne o rimo de recuperação da empresa.

Para o Itaú BBA, os números da Stone pouco destoaram da expectativa base e conservam a recomendação neutra para compra do papel.  Segundo os analistas da casa, a fintech fez um bom trabalho ao reportar um aumento do lucro ajustado de R$ 77 milhões, registrar aumento trimestral de 11% em receitas e melhorar o controle de custos, aumentando a eficiência.

A fintech também apresentou expansão de 200% na receita vinda do segmento de serviços financeiros, considerando a base anualizada.

Nada disso foi suficiente para aplacar a frustração com um guidance corporativo percebido como obsoleto

Segundo análise do BTG Pactual, o lucro de R$ 90 milhões acumulado no primeiro semestre do ano deixa consideravelmente distante as estimativas finais de lucro para este e para o próximo ano (R$ 360 e R$ 810 milhões, respectivamente), mesmo em um ambiente mais sadio e competitivo no longo prazo para a empresa.

A empresa dá sinais que pretende mudar o curso do jogo nos próximos trimestres, anunciando a troca do seu CFO, Marcelo Baldin, pelo conselheiro Sílvio Morais.

Ações da Stone lideraram perdas do dia no Nasdaq

A recuperação em passo mais lento e menor rentabilidade no longo prazo pioraram a indisposição dos mercados para com a fintech brasileira. Não por acaso, as ações da maquininha verde amargaram a liderança das perdas no Nasdaq, com desvalorização de 22% dos papéis nesta sexta-feira.

Nos últimos 12 meses, as ações da empresa derreteram 80%.

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Estagiário
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.
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