Economia

Streaming mais caro: Veja quais serviços serão os mais afetados pela reforma tributária

31 out 2023, 12:00 - atualizado em 31 out 2023, 12:00
Streaming
Os serviços de streaming não podem ser enquadrados nos casos de exceções à alíquota padrão (Imagem: Shutterstock/Tada Images)

Além do streaming, outros serviços como aplicativos de transporte e de delivery, locadoras de veículos e empresas provedoras de internet devem ser os mais afetados pela reforma tributária.

A perspectiva acima veio de Einar Tribuci, sócio do Tribuci Advogados, que explicou ao Money Times que o setor de prestação de serviços deve enfrentar significativos impactos tributários com o texto atual do Projeto de Lei da reforma tributária.

“Apesar de ainda não divulgadas as alíquotas que devem ser praticadas, espera-se um aumento elevado da tributação sobre o consumo, tributos esses que devem compor o futuro IVA Dual (Imposto sobre Valor Agregado)”, afirma.

Vale lembrar que, baseadas no texto que tramita no Congresso, as projeções são de que o IVA brasileiro deve ser um dos maiores do mundo em termos de alíquota, podendo ultrapassar os 30%.

Na outra ponta, serviços de transporte coletivo, saúde, educação, cibernéticos, segurança da informação e segurança nacional podem se beneficiar tanto com relação à alíquota aplicável, quanto em vista das possíveis tomadas de créditos por estes setores.

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Streaming mais caro

Considerando que os custos tributários costumam ser repassados aos consumidores por meio da definição do valor do produto final e da margem de lucro, é possível que haja um aumento no streaming, segundo Tribuci.

“Nesse sentido, há altas chances de que os consumidores também sejam prejudicados no quesito financeiro”.

Conforme o especialista, os serviços de streaming não podem ser enquadrados nos casos de exceções à alíquota padrão. Alguns setores poderão receber uma redução de alíquota de 50% a 100%.

“Outro fator negativo é de que as empresas sujeitas ao regime não cumulativo para a contribuição ao PIS/Cofins devem ter menor benefício relacionado aos créditos tributários”, diz.

O especialista lembra que nesta primeira fase da reforma tributária, também deve ser contemplado o Imposto Seletivo, também apelidado de “Imposto do Pecado”, e que deve incidir sobre os produtos considerados nocivos à saúde.

“No entanto, há muitos questionamentos com relação a tal imposto, tendo em vista que a aplicação tributária dependerá do entendimento de quais seriam esses produtos pelo Governo Federal”, completa.

Repórter
Graduanda em jornalismo pela Universidade Estácio de Sá. Tem experiência cobrindo mercados, ações, investimentos, finanças, negócios, empreendedorismo, franquias, cultura e entretenimento. Ingressou no Money Times em 2021.
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Graduanda em jornalismo pela Universidade Estácio de Sá. Tem experiência cobrindo mercados, ações, investimentos, finanças, negócios, empreendedorismo, franquias, cultura e entretenimento. Ingressou no Money Times em 2021.
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