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Suco de laranja: quebra no Brasil estava no preço; agora entra a onda de frio nos EUA

19 fev 2021, 14:38 - atualizado em 19 fev 2021, 14:58
Laranja
Safra menor no Brasil e frio nos Estados Unidos elevam cotações do suco de laranja (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

A onda de frio que varre os Estados Unidos até às zonas quentes do Sul e Sudoeste está dando sustentação às cotações do suco de laranja na bolsa mercantil de Nova York.

Embora o mercado já venha precificando a quebra da safra brasileira de laranja, as geadas sobre as plantações estão contando nas altas desta sexta (19), próximo ao fechamento do pregão.

O vencimento mais líquido, o março, avança 0,70%, a 110.05 centavos de dólar por libra-peso, e o maio sobe acima de 1,20%, a 112.90 c/lp.

O produtor e consultor Maurício Mendes chama a atenção para as geadas no Texas e outros importantes estados americanos produtores, além de também no México, derrubando o potencial dos laranjais em importante momento de desenvolvimento dos frutos.

O potencial de perda só nos laranjais mexicanos é de 6 milhões de caixas, em avaliações preliminares. Para Mendes, são números que representam bastante, dado que não há tarifação com os Estados Unidos, portanto é um mercado consumidor que conta tradicionalmente com a oferta do vizinho.

A safra brasileira, sob a forte estiagem de 2020, está com potencial de quebra ao redor dos 30%, o que representaria um corte de cerca de 18 milhões de caixas. Na régua final, segundo a Fundecitrus, as indústrias de sucos esmagariam pouco acima de 269 milhões de caixas.

E a próxima temporada também não apresenta perspectivas boas, confirma Maurício Mendes.

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Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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