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Suzano: preço da celulose e alta das vendas garantiram resultados de encher os olhos

11 fev 2021, 15:06 - atualizado em 11 fev 2021, 15:06
Suzano
A alta demanda somada a elevação de preços da celulose deram um gás nos números da gigante (Imagem: Facebook)

O resultado da Suzano (SUZB3) arrancou elogios de analistas. A alta demanda somada a elevação de preços da celulose deram um gás nos números da gigante.

“Vimos forte demanda de celulose com o avanço do consumo de papel após retomada de mercado outrora afetados pela pandemia, bem como redução de oferta devido às paradas para manutenção que ocorreram no período”, afirma a analista Gabriela Cortez, do Inter Research.

No trimestre, a companhia atingiu um lucro líquido de R$ 5,914 bilhões, elevação de 403% em relação ao mesmo período de 2019.

A receita líquida somou R$ 8 bilhões, ante a expectativa de R$ 7.462 bilhões do Inter, o que, somado a ganhos de sinergia maiores do que o esperado com a incorporação da Fibria, levaram o Ebitda a R$ 3.965 bilhões, “bem acima das nossas estimativas”, completa.

De acordo com o BTG, esse resultado foi impulsionado, principalmente, por vendas de celulose mais fortes do que o previsto.

“Mais importante, dada a força aguda e inesperada dos preços da celulose, consideramos esses resultados já refletindo o passado e mantemos nosso apelo otimista na direção do ciclo de alta”, afirma.

Celulose-Papel
Os estoques continuam diminuindo, e a corretora calcula que os estoques totais estejam agora em uma megatonelada  (Imagem: REUTERS/Stringer)

Vendas surpreendem

O BTG destaca que a Suzano reportou fortes vendas de celulose de 2,66 megatoneladas (Mt), superando as estimativas em 9%.

A produção, por sua vez, caiu 5% no trimestre devido a paralização nas usinas para manutenção regular.

Os estoques continuam diminuindo, e a corretora calcula que os estoques totais estejam agora em 1 Mt (abaixo do que é considerado níveis normalizados de 1,5 Mt).

De acordo com o diretor comercial da área de celulose da Suzano, Carlos Aníbal, a empresa terminou dezembro com o menor nível de estoques de celulose da história da companhia, após passar os últimos 2 anos reduzindo um volume excedente de 2 milhões de toneladas de seu inventário.

Aproveitando o cenário favorável, o executivo da Suzano comentou que a companhia deverá produzir mais celulose neste ano em relação às quase 11 milhões de toneladas produzidas em 2020, que por sua vez foram 10% acima do volume de 2019.

Os preços de exportação a US$ 459 por tonelada permaneceram estáveis no trimestre, mas não por muito tempo. É esperado que a elevação dos preços, implementadas no final do trimestre, devem se refletir nos resultados de 2021.

Já a Guide aponta a execução de 100% do plano de desalavancagem, o aumento do volume exportado e do preço praticado de celulose e ainda as questões ESG, que novamente comprovaram o comprometimento da empresa com o ambiente e as pessoas que sua operação impacta.

“Avaliamos que a companhia deve continuar seu processo de desalavancagem financeira para níveis mais confortáveis, aumentando o seu valor de mercado”, afirma Luis Sales, que assina o documento.

Recomendações

Corretora Recomendação Preço-Alvo
BTG Pactual Compra R$ 81
Inter Research Neutra R$ 68

 

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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