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Suzano (SUZB3): Aquisição nos EUA acalma investidores; ação sobe

15 jul 2024, 11:52 - atualizado em 15 jul 2024, 12:00
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Apesar da tendência negativa para os preços da celulose, o BTG Pactual vê a Suzano entregando um rendimento de fluxo de caixa impressionante (Foto: Divulgação)

Na última sexta-feira (15), a Suzano (SUZB3) firmou acordo para adquirir duas fábricas de papel-cartão da Pactiv Evergreen, no estado de Arkansas, nos Estados Unidos, por US$ 110 milhões. Por volta de 11h50, a empresa liderava as altas do Ibovespa, subindo 2,75%.

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Na avaliação do BTG Pactual, apesar da compra representam 1% do valor de mercado da companhia, o banco acredita que várias dessas transações complementares no negócio de papel e embalagens podem gradualmente acalmar as preocupações dos investidores relativamente à alocação de capital. Recentemente, a empresa adquiriu 15% de participação na Lenzing por cerca de R$ 1,3 bilhão

A instituição ainda vê a empresa desalavancando de 3x para perto de 2,2x até 2025 e espera que a administração continue recomprando ações agressivamente em níveis tão deprimidos. O banco recomenda compra (preço-alvo de R$ 82).

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“Embora a perspectiva de curto prazo para os preços da celulose seja negativa e uma correção relevante possa ocorrer, notamos que o consenso já desconta isso e que as ações já estão precificando uma curva de celulose próxima a US$ 520/t (US$ 220/t abaixo do preço à vista – níveis insustentáveis). Mesmo com US$ 550/t de celulose, a Suzano entrega um rendimento de fluxo de caixa de 12-13%, o que é bastante impressionante”, comentam Caio Greiner, Leonardo Correa e Bruno Lima.

Lucratividade e diversificação na Suzano

Para a Genial Investimentos, a compra é o caminho ideal a ser seguido pela companhia, com a diversificação de ativos sem movimentos bruscos. A casa recomenda compra para ação (preço-alvo de R$ 72)

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A tentativa de aquisição da International Paper (IP) não agradou aos diversos acionistas minoritários, principalmente devido ao tamanho da operação, que foi vista como “um passo maior que as pernas”.

A Suzano já havia confirmado, antes mesmo dessa tentativa, que pretendia diversificar seu portfólio geograficamente. Agora, ao buscar acordos menores, a companhia deve gerar menos desconfiança nos investidores, explicam.

O Safra, por sua vez, acredita que o movimento da Suzano seja pelo desejo de compreender os mercados de papel dos EUA e fazer contatos na indústria que, poderiam eventualmente adquirir papel-cartão produzido pela empresa no Brasil. O banco recomenda compra para empresa (preço-alvo de R$ 70).

“A transação implica que a Suzano pagará US$ 262 por capacidade de papel por tonelada, cerca de 10% do que a  Klabin (KLBN11) investiu no Puma II (ou seja, R$ 12,9 bilhões por 910 ktpa de capacidade), que nos faz questionar se a lucratividade dessas indústrias é baixa”, discorrem Ricardo Monegaglia e Conrado Vegner.

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Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, também participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil e do Agro em Campo. Em 2024 e 2025, ficou entre os 100 jornalistas + Admirados da Imprensa do Agronegócio.
pasquale.salvo@moneytimes.com.br
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, também participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil e do Agro em Campo. Em 2024 e 2025, ficou entre os 100 jornalistas + Admirados da Imprensa do Agronegócio.