Suzano (SUZB3) e Klabin (KLBN11): 3T25 deve trazer resultado resiliente para uma das ações, segundo XP Investimentos

Os preços mais baixos para celulose e um real mais forte devem pesar sobre os resultados das empresas expostas à celulose no terceiro trimestre de 2025 (3T25). No entanto, as companhias de embalagens devem demonstrar uma resiliência relativa, segundo a XP Investimentos.
Para a Suzano (SUZB3), os analistas projetam menores volumes de celulose no comparativo trimestral (devido à estratégia de corte de produção), preços realizados mais fracos e custos menores. Isso deve resultar em uma redução de Ebitda e de margens.
Então, a Suzano deve apresentar resultados mais fracos. Para o Ebitda (Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização, na sigla em inglês), a projeção da corretora é de R$ 4,8 bilhões, queda de 27% no comparativo anual e de 17% no trimestral.
A Klabin (KLBN11), por outro lado, deve apresentar resultados mais resilientes, com o desempenho mais fraco da celulose sendo compensado por demandas e precificações melhores de papel e embalagens. Isso refletirá em maiores volumes de caixas de papelão ondulado e um desempenho sólido no segmento de papel cartão.
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A companhia deve registrar um Ebitda de R$ 2 bilhões, uma queda de 2% frente ao 2T25 e um avanço de 11% na comparação com o 3T24. A margem deve ficar em 37%, contra 38,9% do 2T25.
A XP recomenda compra para Suzano (preço-alvo de R$ 92) e Klabin (preço-alvo de R$ 29).
E a Irani?
Quanto a Irani, a corretora espera resultados razoáveis, com Ebitda de R$ 140 milhões, um avanço de 11% na comparação anual e de 10% no trimestre, e margem de 32,3% (ante 30,8% no 2T25). Os analistas recomendam compra e preço-alvo de R$ 8,80 para a ação.
“Também projetamos custos menores, principalmente devido à queda nos preços do papel reciclado no 3T25. Temos uma perspectiva positiva para o 4T25, considerando o efeito de continuidade da redução dos preços do papel reciclado observada em agosto e setembro de 2025”, explicam Lucas Laghi e Guilherme Nippes.