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Suzano (SUZB3) e Klabin (KLBN11) na véspera dos resultados; o que esperar?

16 out 2023, 17:13 - atualizado em 24 out 2023, 11:03
suzano klabin
Na visão da XP Investimentos, BTG Pactual e Itaú BBA, o terceiro trimestre de 2023 não promete grandes resultados para Suzano e Klabin (Montagem: Money Times)

Nesta semana, as gigantes de papel & celulose, Suzano (SUZB3) e Klabin (KLBN11), divulgam seus resultados referentes ao terceiro trimestre de 2023

O Agro Times consultou relatórios da XP Investimentos, BTG Pactual e o Itaú BBA sobre o que os investidores podem esperar para os resultados das empesas.

De forma geral, as instituições projetam um trimestre fraco para as empresas.

XP Investimentos

Na visão da XP, as empresas devem apresentar um resultado fraco, com a expectativa de melhora no quarto trimestre.

Assim, a corretora espera:

  1. menores preços de celulose e papel no terceiro trimestre, afetando o faturamento e a rentabilidade;
  2. melhor perspectiva para os preços de celulose no 4T23 após anúncios de aumentos de preços ao longo do 3T23 (embora anúncios de novos aumentos ainda não estejam claros neste momento) e volumes sazonalmente melhores;

Nesse sentido, a XP vê a Suzano e Klabin como os destaques, apresentando quedas sequenciais de Ebitda (-24% T/T e -6% T/T, respectivamente), devido aos menores preços de celulose e papel.

A Suzano deve apresentar resultados fracos no 3T23, com Ebitda de R$ 3 bilhões, queda de 24% no trimestre e 65% no ano, com margem Ebitda caindo para 36,5%.

O trimestre foi impactado principalmente pelos menores volumes de celulose (-7% T/T), dados paradas para manutenção em Três Lagoas, corte de produção anunciado em jun’23 (-400 kt no ano) e menor preços realizados de celulose (-10% T/T).

Já a Klabin deverá reportar resultados fracos, com Ebitda de R$ 1,3 bilhão (-7% T/T, -46% A/A) e margem EBITDA caindo para 29,2%. A queda é atribuída principalmente aos menores preços de papel e embalagens e aos custos fixos ao longo do 3T23.

BTG Pactual

Para o BTG, os preços mais baixo em papel e celulose devem afetar os resultados do trimestre.

Na visão do banco, as empresas de celulose verão mais um trimestre de resultados decrescentes, com a história do trimestre baseada em preços realizados mais baixos, apesar de uma média trimestral estável na China.

O efeito defasado em alguns contratos e a exposição a diferentes geografias (especialmente a Europa) significarão que os preços realizados continuarão em tendência de queda, impactando significativamente os resultados da Suzano.

O resultado da Klabin será mais amortecido devido à sua exposição mais diversificada em papel e impactos reduzidos de paradas de manutenção neste trimestre.

Itaú BBA

Por fim, o Itaú BBA, projeta resultados sequenciais menores para a Suzano no terceiro trimestre, com queda no Ebitda consolidado de 16% no trimestre, prejudicado por uma queda estimada de US$ 46/ton em celulose realização de preços (para USD 525/ton) e menores volumes, que mais do que compensaram a redução de custos.

Já para a Klabin, o Ebitda deve cair 6% na comparação trimestral, com os resultados da celulose ajudados por maiores volumes e custos mais baixos, que mais do que compensaram uma queda sequencial nos preços.

Assim, os resultados nas divisões de papel e embalagem da empresa devem cair 12% em relação ao trimestre anterior.

Recomendação para Suzano e Klabin

BTG Pactual:

Empresa Ticker Preço-alvo (R$) Potencial de alta (%) Recomendação
Suzano SUZB3 71,00 23,54 Compra
Klabin KLBN11 30,00 27,61 Compra

XP Investimentos:

Empresa Ticker Preço-alvo (R$) Potencial de alta (%) Recomendação
Suzano SUZB3 72,90 29 Compra
Klabin KLBN11 23,52 14 Compra

Itaú BBA:

Empresa Ticker Preço-alvo (R$) Potencial de alta (%) Recomendação
Suzano SUZB3 56,00 1,82 Compra
Klabin KLBN11 24,00 0,5 Neutro

 

Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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