Suzano (SUZB3): Goldman Sachs eleva recomendação para compra; ‘Nossa ação favorita para eventual alta da celulose’

O Goldman Sachs elevou seu preço-alvo para a ação da Suzano (SUZB3) de neutro para compra, com o preço-alvo saindo de R$ 63 para R$ 65, o que implica um potencial de valorização de 22,6%.
Em reação, SUZB3 encerrou as negociações nesta sexta-feira (13) com alta de 2,19%, a R$ 54,11.
Segundo os analistas, esse é o momento para comprar ações da Suzano, dado que:
- Os preços da celulose estão próximos do custo marginal;
- O dólar (USD/BRL) se valorizou 11% no acumulado do ano;
- O posicionamento do setor está muito leve (SUZB3 recua 15% no ano, com desempenho 29% inferior ao do Ibovespa)
- Valuation atrativo, com a Suzano negociando a um yield de fluxo de caixa livre (FCF) entre 15% e 17% e EV/Ebitda entre 5,4 vezes e 4,6 vezes em 2026-2027.
Desde o início da cobertura da ação, em setembro de 2021, o banco tem adotado uma postura mais conservadora em relação ao papel (retorno total de 2% vs. 19% do IBOV), antecipando um ciclo prolongado de preços desafiadores da celulose e, mais recentemente, aumento da concorrência com a oferta doméstica da China.
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“Ainda esperamos que os preços da celulose e a rentabilidade permaneçam, em média, abaixo do que consideraríamos níveis de incentivo, com margens provavelmente limitadas nominalmente por uma contínua deflação na curva de custo em caixa e por um aumento significativo de capacidade na América Latina e na Ásia. Isso se reflete na nossa expectativa de que as margens normalizadas fiquem estáveis em termos nominais em dólar (em US$320/t) ou cerca de 27% abaixo da média real dos últimos 9 anos”, apontam Marcio Farid, Henrique Marques e Emerson Vieira.
A ação melhor posicionada para alta da celulose
No entanto, o banco segue vendo os preços atuais da celulose como insustentáveis (próximos do limite inferior do ciclo, com o preço spot em US$500/t vs. ciclo “normalizado” entre US$500 e US$650/t).
E, embora possa levar alguns meses para ocorrer uma recuperação cíclica, o histórico mostra que o desempenho das ações costuma ser positivo em tendência de alta, com risco limitado de queda tanto para os preços da celulose quanto para as ações.
“Esperamos que a recuperação cíclica dos preços da celulose se materialize até o final de 2025, atingindo níveis próximos ao topo da faixa dos US$500. A Suzano é o nosso nome preferido para ter exposição a uma eventual recuperação dos preços da celulose (que estimamos para o 3T25)”.
O principal risco de queda está relacionado a um excesso de oferta mais agressivo e prolongado, que poderia manter os preços da celulose de fibra curta em ou abaixo do custo marginal por mais tempo do que o esperado.