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COP30 pode destravar novos mercados para Suzano (SUZB3); empresa tem 40% da dívida atrelada a metas ambientais, diz diretor

06 jun 2025, 16:13 - atualizado em 06 jun 2025, 16:20
suzano-celulose-agro-cop30
(iStock.com/DedMityay)

A Suzano (SUZB3) está comprometida com o desenvolvimento sustentável. De acordo com Leonardo Mercante, diretor de relações governamentais da companhia, a Suzano vinculou o financiamento de seus últimos projetos a metas ambientais, o que permitiu crédito com juros abaixo do mercado.

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Segundo o executivo, o setor de papel e celulose conta com a vantagem da matéria prima para a produção ser retirada das árvores. A Suzano planta todos os dias 1,2 milhão de árvores no Brasil.

“De 2023 até 2030 a Suzano tem o compromisso de retirar 40 milhões de toneladas de CO² da atmosfera. Isso sem contar outros compromissos de ESG. Hoje temos parte da dívida, cerca de 40%, atrelada aos objetivos de sustentabilidade no longo prazo”, disse Mercante.

Apesar dos benefícios ligados ao crédito mais favorável pela manutenção das metas ambientais, Mercante diz que a empresa também oferece alternativas aos clientes para sua própria descarbonização. A fabricação de produtos biodegradáveis deve crescer.

O executivo esteve presente no Global Agribusiness Festival (GAFFFF), em painel sobre a presença do agronegócio na COP30, ao lado do deputado federal Arnaldo Jardim (Cidadania – SP) e de Marcello Brito, secretário executivo do Consórcio Amazônia Legal.

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“Esperamos que as negociações da COP30 avancem no sentido de potencializar novos mercados para aproveitar todo o potencial de geração de riqueza do Brasil.

COP30 mercado de carbono

O deputado Arnaldo Jardim reforçou a ideia de que o Brasil precisa aproveitar a COP30 para mostrar o potencial de mercados ligados à preservação ambiental, como o mercado de créditos de carbono de biodiversidade.

“Nós podemos nos apresentar ao mundo de verdade. Não como um algoz ambiental, mas como protagonistas de uma agenda de economia verde”, disse o parlamentar.

Sobre o mercado de carbono, Brito lamentou a lentidão para a regularização do mercado no Brasil, que pode ser impedido de ser um exportador de créditos. Segundo ele, o país precisa agir para não perder a oportunidade de aproveitar o mercado, antes que todos os países cumpram as metas de redução das emissões.

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O secretário do Consórcio Amazônia Legal ressaltou ainda a importância da colaboração do agronegócio para a preservação ambiental.

“Se por um lado temos muita floresta protegida pelo setor privado, ainda temos um desmatamento elevado e alto nível de grilagem. Isso tem que ser enfrentado pelo setor, porque apesar de não sermos os praticantes disso, sofremos as mazelas de reputação”, disse Brito.

Já a respeito dos créditos de biodiversidade, Brito afirmou que levou o assunto ao Ministério da Fazenda, para estimular a liderança do Brasil neste novo mercado. Enquanto a agenda de carbono é limitada até o momento em que as emissões forem reduzidas, a de biodiversidade pode ser mais sólida e durável.

“Temos que ver como criar iniciativas como o fundo clima, fundos de investimentos retornáveis, que possam fazer essa transição. Não vamos resolver nada com doações filantrópicas, mas sim nos mecanismos de economia verde. Se não tem retorno financeiro o capital não aporta”, afirmou.

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O GAFFFF ocorre no Allianz Parque, em São Paulo, organizado pela Datagro e apresentado pela XP Investimentos e Corteva Agriscience.

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Repórter estagiário no Money Times, graduando em jornalismo pela Universidade de São Paulo (USP). Cobre empresas, mercados e agronegócio desde 2024.
gustavo.silva@moneytimes.com.br
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