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Taesa (TAEE11): Ação está cara e dividendos vão secar em 2022, alerta Ativa

02 mar 2022, 13:12 - atualizado em 02 mar 2022, 13:12
TAEE11 Taesa
Dividendos devem secar em 2022 e ação está cara, pontua a Ativa, que rebaixou a recomendação para a venda das ações (Imagem: Facebook/Taesa)

A Taesa (TAEE11) mantém, há anos, a fama de ser uma excelente pagadora de proventos. Sempre presente nas carteiras dos investidores, a elétrica, que atua no segmento de transmissão, pagou R$ 1,79 bilhão para os seus acionistas só no ano passado; dividend yield de 13,78%. 

Mesmo assim, a Ativa avalia que a ação está cara e vê os dividendos secando em 2022. A corretora rebaixou a recomendação dos papéis para venda, com preço-alvo de R$ 34 e potencial de queda de 13%.

Para o analista Ilan Arbetman, que assina o relatório, apesar da entrega dos proventos chamar a atenção, o cenário macroeconômico atual somado à alta alavancagem de 4,2x devem diminuir o ritmo na distribuição a partir de 2022.

“A continuidade do cenário atual, de altos juros e de inflação se equilibrando no longo prazo, poderá continuar se mostrando desafiador para a companhia diante de seu momento de expansão atual”, coloca.

Ação cara

Arbetman destaca que os resultados do quarto trimestre vieram acima das expectativas, muito em função da entrada em operação de Janaúba em setembro/21 e do reajuste inflacionário de 37,04% aplicado às RAPs atualizadas via IGP-M (que equivalem à aproximadamente 2/3 de seu portfolio no atual ciclo 21/22) e de 8,06% concedido às concessões atreladas ao IPCA.

Mesmo assim, a ação não negocia a patamares atrativos, a 12 vezes o EV/Ebitda (valor da empresa sobre resultado operacional) contra 11 vezes do seu histórico nos último anos. Além disso, outras empresas do setor, como a Transmissão Paulista (TRPL4), negociam com desconto de 37,6% frente à Taesa.

“Taesa é o nome mais caro de nossa cobertura de transmissão”, conclui. 

Caixa preocupa

O analista também ressalta que a companhia fechou o ano com uma posição de caixa levemente superior a R$ 300 milhões e realizou um anúncio de distribuição superior a R$ 800 milhões.

“Acreditamos que, para honrar tal compromisso, a companhia emitirá dívidas, o que ao nível de juros atual, poderá prejudicar seu resultado financeiro”, conclui.

Expansão

A elétrica possui cinco projetos em construção: Aimorés, Paraguaçu, ESTE, Ivaí e Sant’ana. A entrada de operação dos empreendimentos significa um incremento da RAP (receita anual permitida) na ordem de R$ 732 milhões.

Além disso, há o Projeto Ananaí, do último leilão, que adicionará mais R$ 129,9 milhões ao RAP da companhia e estará pronto até março de 2027.

“Tais projetos compensam em parte o cenário mais desafiador que projetamos ao longo dos próximos doze meses, mas não mudam o jogo para a companhia”, completa.

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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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