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Taesa (TAEE11): Dividendos em queda? Bradesco BBI faz alerta e crava: Hora de vender

21 fev 2024, 16:04 - atualizado em 21 fev 2024, 16:05
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O BBI também diz que apesar de ser uma empresa bem administrada, a Taesa está com valuation mais esticado (Imagem: Pixabay/PoldyChromos)

O Bradesco BBI rebaixou a recomendação da Taesa (TAEE11) de neutra para venda, com preço-alvo de R$ 34, antes em R$ 37.

Em relatório enviado a clientes na última terça-feira (20), os analistas Francisco Navarrete e Ricardo França sustentam que se a Taesa quiser continuar crescendo, isso poderia colocar os dividendos em risco, mesmo que temporariamente.

Os analistas lembram que a empresa está atualmente desenvolvendo quatro projetos, com investimento comprometido de R$ 1 bilhão em 2024 e R$ 1,5 bilhão em 2025 (estimativa do Bradesco BBI).

Quando estiverem prontos, esses projetos deverão adicionar uma receita anual de aproximadamente R$ 330 milhões (8% da RAP atual–receita anual permitida).

Porém, até ser concluída, a alavancagem da Taesa provavelmente aumentará, atingindo um pico de 4,2x em 2025 (vs. 3,6x estimado no 4T23), o que pode limitar o crescimento adicional no curto prazo, discorrem.

Diante deste cenário, dizem os analistas, para participar dos próximos leilões greenfield para continuar crescendo, o que parece ser o seu plano, a empresa deverá precisar:

    1. reduzir — mesmo que temporariamente — seu histórico de pagamento de dividendos de 100%; ou
    2. fazer uma oferta de ações

“Em ambos os casos, as ações poderão ser afetadas negativamente, uma vez que a sua atual base de investidores é em grande parte motivada por dividendos e para uma oferta de ações, os investidores provavelmente exigiriam um valor implícito mais elevado TIR (ou seja, um preço de ação mais baixo)”, discorrem.

O BBI também coloca que apesar de ser uma empresa bem administrada, a Taesa está com valuation mais esticado, sendo negociada a uma TIR real implícita de 4,6% (1,00 p.p. abaixo do rendimento da NTN-B).

“Importante mencionar que cerca de 2/3 da receita serão afetados pela desaceleração do índice de inflação IGP-M no ajuste anual de meados de 2024, além disso, dado o forte investimento”, completa.

O Money Times procurou a Taesa e aguarda uma resposta. O espaço segue aberto.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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