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Taesa (TAEE11) enxerga “muitas oportunidades em leilões”, mas com espaço para dividendos

30 set 2025, 11:29 - atualizado em 30 set 2025, 11:29
taesa - dividendos
(Imagem: Tuu Sitthikorn's Images)

A Taesa (TAEE11), empresa focada na transmissão de energia elétrica, enxerga um horizonte com muitas oportunidades quando o assunto são leilões de novas linhas. A companhia afirma que seguirá realizando aportes e buscando oportunidades, mas com cautela, foco na rentabilidade e equilibrando investimentos com a distribuição de proventos.

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Durante o Investor Day 2025, realizado nesta terça-feira (30), os diretores da empresa lembraram que, recentemente, foi publicada uma nova versão do documento da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). A publicação, que reúne os projetos em estágios mais maduros, trouxe um pacote de investimentos que soma quase R$ 40 bilhões.

“Fica claro que há necessidade de ampliação e de reforço do sistema de transmissão”, afirmou Maurício Dall’Agnese, diretor de novos negócios da companhia. “É uma expansão quantitativa do sistema, mas também uma expansão qualitativa. Esse pipeline só tende a crescer, o que nos dá conforto de que teremos muitos leilões e muitas oportunidades.”

A publicação da EPE, por meio do Plano de Expansão da Transmissão (PELP), funciona como um mapa do futuro do setor elétrico brasileiro. O documento reúne projetos que já passaram por estudos técnicos e estão prontos para sair do papel, seja por autorizações diretas ou por novos leilões organizados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

O calendário da Aneel já prevê novas oportunidades para as transmissoras: em outubro de 2025, está programado um leilão com sete projetos, que somam aproximadamente 900 quilômetros de linhas e mais de 2.000 MVA em potência de transformação.

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A agenda segue em 2026, com um certame previsto para fevereiro e outro para outubro, ambos envolvendo empreendimentos de grande porte e distribuídos por diversas regiões do país.

“A gente vê possibilidades de novos investimentos e acreditamos muito no segmento de transmissão. Se tem um segmento que a gente pode dizer que tem um futuro, que tem possibilidades e é fundamental para essa transição energética, é a transmissão”, afirmou o CEO da Taesa, Rinaldo Pecchio Jr.

A companhia reforçou que, mesmo com todas as oportunidades, realizará novos investimentos com foco em rentabilidade e disciplina financeira.

Nos últimos dez anos, a maior parte da expansão da Taesa veio de novos empreendimentos, que hoje formam a base de sua estratégia de crescimento. A Receita Anual Permitida (RAP) passou de R$ 1,2 bilhão em 2010 para R$ 4,4 bilhões, com crescimento de 35% nos últimos cinco anos.

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Atualmente, a transmissora tem 11 projetos em implantação, dos quais três já foram energizados em 2025, representando investimentos de R$ 5,1 bilhões — sendo R$ 3,5 bilhões já realizados. Esses empreendimentos devem adicionar mais de R$ 600 milhões à RAP da companhia.

A Taesa também tratou de afastar o temor de que maiores investimentos possam comprometer o retorno aos acionistas por meio de proventos.

“A gente precisa olhar para investimento com um olhar muito crítico e rigoroso em relação ao desenho dos projetos, à rentabilidade que a gente espera desses projetos, para que a gente continue crescendo com rentabilidade”, destacou Cátia Pereira, diretora financeira (CFO). “O nosso papel é fazer valer cada real colocado pelos nossos acionistas e gerar valor consistente e sustentável no longo prazo.”

Ela lembrou que, nos últimos dez anos, a Taesa investiu R$ 11 bilhões e devolveu R$ 14 bilhões aos acionistas, ressaltando que a geração de caixa robusta permite, ao mesmo tempo, financiar novos projetos e manter uma política consistente de proventos.

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Jornalista formado pela Unesp, tem passagens pelo InfoMoney, CNN Brasil e Veja.
vitor.azevedo@moneytimes.com.br
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