Economia

Tarifa dos EUA tem efeito incerto e impactos setoriais relevantes, diz Ata do Copom

05 ago 2025, 8:26 - atualizado em 05 ago 2025, 8:43
banco central copom selic
Na semana passada, o BC manteve a Selic em 15% ao ano. (Imagem: Reuters/Ueslei Marcelino)

A elevação por parte dos Estados Unidos das tarifas comerciais para o Brasil tem impactos setoriais relevantes e efeitos agregados incertos, diz o Comitê de Política Monetária (Copom) na ata referente à reunião da semana passada, que manteve a Selic estável.

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O Banco Central (BC) afirma que os impactos ainda dependem de como se encaminharão os próximos passos da negociação e a percepção de risco relativa ao processo.

“Se, de um lado, a aprovação de alguns acordos comerciais, assim como os dados recentes de inflação e atividade da economia norte-americana poderiam sugerir uma situação de redução da incerteza global, de outro, a política fiscal e, em particular para o Brasil, a política comercial norte-americanas tornam o cenário mais incerto e mais adverso.”

A tarifa de 50% imposta pelos EUA sobre produtos brasileiros entra em vigor nesta quarta-feira (6).

O governo brasileiro tentava organizar uma conversa telefônica entre Donald Trump e Lula para buscar um acordo. Ontem (4), inclusive, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que, na última sexta-feira (1º), o governo norte-americano manifestou interesse em marcar uma reunião com o Brasil e que representantes poderiam conversar esta semana.

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A prisão domiciliar de Jair Bolsonaro, no entanto, pode dificultar as negociações entre os dois países, uma vez que o julgamento do ex-presidente foi o estopim para a aplicação da taxa. A prisão foi decretada na noite passada, após descumprimento de medidas cautelares.

O BC afirma, na ata, que acompanha com atenção os impactos da tarifa imposta pelos EUA e focará nos mecanismos de transmissão do cenário externo sobre a inflação local.

Os diretores destacam que o cenário, no Brasil, segue marcado por expectativas desancoradas, projeções de inflação elevadas, resiliência na atividade econômica e pressões no mercado de trabalho.

“Para assegurar a convergência da inflação à meta em ambiente de expectativas desancoradas, exige-se uma política monetária em patamar significativamente contracionista por período bastante prolongado”, dizem.

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Na semana passada, o BC interrompeu o ciclo de aperto monetário ao manter a Selic em 15% ao ano e antecipou uma manutenção dos juros por período bastante prolongado, também pregando cautela diante de incertezas geradas pela tarifa comercial.

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Editora-assistente
Editora-assistente no Money Times e graduada em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Atua na área de macroeconomia, finanças e investimentos desde 2021.
giovana.leal@moneytimes.com.br
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Editora-assistente no Money Times e graduada em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Atua na área de macroeconomia, finanças e investimentos desde 2021.
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