Tarifas e inflação impedem cortes de juros mais agressivos, diz especialista; Fed deve reduzir taxas em 0,25 p.p na semana que vem

Os dados de inflação e o temor pelo impacto das tarifas na economia dos Estados Unidos devem impedir cortes mais agressivos na taxa de juros norte-americana.
No Giro do Mercado desta quinta-feira (11), a jornalista Paula Comassetto, recebeu William Castro, estrategista-chefe da Avenue, que projeta um corte de 0,25 pontos percentuais (p.p) por parte do Federal Reserve (Fed) na semana que vem.
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“Cedo ou tarde essas tarifas vão bater e podem manter a inflação pressionada muito mais para 3% do que para 2%, que é a meta. Isso, ao meu ver, reduz um pouco uma zona de conforto para o Fed ir cortando os juros de forma mais agressiva”, afirma Castro.
Na visão do especialista, o cenário base ainda é de dois cortes até o final do ano. Em 2026, a taxa pode sofrer novos cortes, se aproximando da banda entre 3% e 3,5%, mas não deve ficar abaixo disso por conta dos riscos inflacionários.
Castro destaca que a meta de inflação de 2% parece cada vez mais difícil de ser atingida, considerando o cenário global. “Isso dificulta pensar em juros muito baixos. Se a inflação fica entre 2% e 3%, a taxa de juros vai ficar entre 3% e 4%”, disse.
Uma eventual recessão da economia americana poderia ser um fator a levar a inflação a níveis mais baixos, mas não é o cenário base, segundo o estrategista. Apesar da fraqueza do mercado de trabalho, os investimentos em tecnologia seguem como um importante motor.
O programa ainda abordou o desempenho dos mercados globais e outros destaques do setor de tecnologia e inteligência artificial (IA). Para acompanhar o Giro do Mercado na íntegra, acesse o canal do Money Times no YouTube.
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