‘Tarifas é minha palavra favorita’: Trump exalta política econômica e diz que atraiu US$18 trilhões em investimentos
Em pronunciamento na noite de quarta-feira (17) na Casa Branca, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, destacou suas conquistas econômicas, com ênfase em sua política tarifária, e atribuiu a alta nos preços ao consumidor a erros da administração anterior.
“Tarifas é minha palavra favorita“, disse Trump ao defender as medidas como fundamentais para reverter décadas de exploração da economia americana por outros países.
Segundo ele, a imposição de tarifas incentivou empresas a retomar a produção nos EUA, já que a fabricação local estaria isenta das taxas. “As empresas sabem que, se construírem na América, não pagam tarifas, e é por isso que estão voltando”, afirmou.
O presidente republicano também citou US$ 18 trilhões em investimentos atraídos para o país, que, segundo ele, criarão empregos e reabrirão fábricas. Apesar disso, dados recentes mostram que o crescimento do emprego desacelerou, o desemprego atingiu o maior nível em quatro anos e os preços ao consumidor continuam elevados.
Entre as poucas iniciativas políticas anunciadas, Trump informou que enviará um “dividendo guerreiro” de US$ 1.776 para 1,45 milhão de membros das forças armadas na próxima semana. Ele também defendeu a proposta republicana de enviar recursos diretamente à população para a compra de planos de saúde, em vez de subsídios via Affordable Care Act.
“Quero que o dinheiro vá diretamente para as pessoas para que vocês possam comprar seu próprio plano de saúde. Os únicos perdedores serão as seguradoras”, disse.
O discurso abordou brevemente temas de segurança e imigração e citou de forma superficial a guerra em Gaza, sem menção à Ucrânia ou à tensão crescente com a Venezuela.
Sobre a inflação, Trump admitiu que os preços permanecem altos, mas afirmou que o país está “preparado” para um boom econômico, destacando novamente tarifas, política fiscal e planos para substituir Jerome Powell à frente do Federal Reserve como ferramentas para reverter a alta nos custos.
*Com informações da Reuters e Estadão Conteúdo