Mercados

Juros futuros fecham em queda limitada por impasse na aprovação da MP da Taxação

08 out 2025, 18:26 - atualizado em 08 out 2025, 18:26
Juros Futuros
(Imagem: inkdrop)

As taxas dos contratos de Depósitos Interfinanceiros (DIs) fecharam a sessão desta quarta-feira (8) com baixas ante os ajustes da véspera, mas a incerteza em relação à política fiscal do governo Lula limitou o espaço para redução de prêmios na curva.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O governo corre contra o tempo para que o Congresso vote a medida provisória que trata da taxação de aplicações financeiras ainda hoje, o que manteve os investidores em compasso de espera.

Em um dia de agenda esvaziada de indicadores econômicos, a taxa do DI para janeiro de 2028 estava em 13,485% no fim da tarde, em baixa de 5 pontos-base ante o ajuste de 13,535% da sessão anterior. A taxa para janeiro de 2029 marcava 13,425%, ante o ajuste de 13,463%.

Entre os vencimentos longos, o contrato para janeiro de 2035 tinha taxa de 13,735%, em baixa de 6 pontos-base ante 13,798%.

O que movimentou os DIs hoje (8)?

Na véspera (7), as taxas futuras tiveram ganhos firmes no Brasil, de mais de 10 pontos-base nos vencimentos longos, com reação negativa do mercado à confirmação de que o governo Lula estuda proposta para zerar as tarifas de ônibus em todo o país.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Na semana passada, os prêmios já haviam subido em função das especulações sobre possível proposta do governo para o transporte público.

Profissionais ouvidos pela Reuters avaliaram que, após o forte movimento de ontem, haveria espaço para baixas mais fortes das taxas nesta quarta-feira (8) — mas novamente a questão fiscal segurou os prêmios.

“As taxas no zero a zero ou em leve queda têm a ver com a agenda mais esvaziada e com o impasse em relação à aprovação da MP no Congresso. Há um nível de incerteza grande”, comentou durante a tarde Rafael Sueishi, head de renda fixa da Manchester Investimentos. “Como ontem houve um movimento relevante (de alta) nas taxas, hoje o investidor fica em compasso de espera”, acrescentou.

A aprovação da MP tornou-se essencial para o governo, que conta com a nova taxação de aplicações financeiras para fechar as contas. Durante a tarde, o governo e seus aliados no Congresso tentavam destravar a votação da MP, que precisa ser aprovada tanto na Câmara quanto no Senado ainda nesta quarta-feira (8) para não perder a validade.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“A curva curta se mantém estática, com pequenas quedas, e a longa não declina tanto como deveria. De modo geral, o que faz preço é esta incerteza de como o governo vai conduzir a parte fiscal”, pontuou Fabrício Voigt, economista da Aware Investments.

“Deveríamos ter uma curva que fechasse mais rápido do que estamos percebendo, porque temos corte de juros à frente, mas o fiscal está influenciando”, acrescentou.

Perto do fechamento, a curva brasileira precificava em 100% a probabilidade de manutenção da Selic em 15% ao ano na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), no início de novembro.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Segundo Sueishi, os preços também começam a refletir mais claramente a percepção de que o BC terá espaço para cortar a Selic somente mais à frente, e não no fim deste ano ou no início do próximo.

“O mercado vinha operando os dados, embutindo cortes na Selic até no fim do ano. Mas o BC sempre teve um discurso mais duro, de que ainda não há espaço”, disse ele. “O que está acontecendo é que o preço está começando a convergir para isso.”

No exterior, sem a divulgação de dados em função da paralisação parcial do governo norte-americano, os agentes se apegaram à publicação da ata do último encontro de política monetária do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA) — que não alterou a perspectiva de mais cortes de juros na maior economia do mundo.

Neste cenário, os yields (rendimentos) pouco variavam no fim da tarde. Às 16h36, o rendimento do Treasury de dez anos — referência global para decisões de investimento — mostrava estabilidade, a 4,131%.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

*Com informações de Reuters

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
O Money Times é referência em investimentos pessoais, educação financeira, gestão de carreiras e consumo no mercado brasileiro. No Money Times, investidores, analistas, gestores e entusiastas do ambiente econômico brasileiro usufruem de textos objetivos e de qualidade que vão ao centro da informação, análise e debate. Buscamos levantar e antecipar discussões importantes para o investidor e dar respostas às questões do momento. Isso faz toda a diferença.
equipe@moneytimes.com.br
Twitter Facebook Linkedin Instagram YouTube Site
O Money Times é referência em investimentos pessoais, educação financeira, gestão de carreiras e consumo no mercado brasileiro. No Money Times, investidores, analistas, gestores e entusiastas do ambiente econômico brasileiro usufruem de textos objetivos e de qualidade que vão ao centro da informação, análise e debate. Buscamos levantar e antecipar discussões importantes para o investidor e dar respostas às questões do momento. Isso faz toda a diferença.
Twitter Facebook Linkedin Instagram YouTube Site
As melhores ideias de investimento

Receba gratuitamente as recomendações da equipe de análise do BTG Pactual – toda semana, com curadoria do Money Picks

OBS: Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar