Comprar ou vender?

Tchau, Cielo (CIEL3): Risco de deslistagem aumenta – ainda mais – e BTG rebaixa ação; e agora?

03 abr 2024, 12:37 - atualizado em 03 abr 2024, 12:38
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BTG Pactual rebaixou a recomendação de Cielo para neutro. (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O BTG Pactual rebaixou a recomendação de Cielo (CIEL3) de compra para neutro, mostra o relatório publicado na terça-feira (2) e assinado por Eduardo Rosman, Ricardo Buchpiguel, Thiago Paura e Bruno Lima.

A atualização, segundo os analistas, se deu pela expectativa de menor valorização das ações, após os acionistas controladores Banco do Brasil Bradesco aceitarem um novo preço para a oferta de compra que tiraria a empresa da bolsa de valores.

No âmbito de um fechamento de capital da Cielo, os controladores ofereceram inicialmente, em fevereiro deste ano, um valor de R$ 5,35 por ação. Porém, a proposta aceita fixou o preço em R$ 5,60, somado aos ajustes do Certificado de Depósito Interbancário (CDI) até a liquidação.

“Dada o pequeno retorno em relação ao preço de fechamento (+3%) e nossa crença de que as chances de um fechamento de capital bem-sucedido aumentaram substancialmente, estamos reduzindo nossa classificação”, dizem.

Com isso, o banco atualizou o preço-alvo de CIEL3 de R$ 5,50 para R$ 5,90, que é basicamente o novo preço ofertado de somado ao CDI acumulado em cinco meses.

Por que BB e Bradesco querem Cielo fora da bolsa?

De acordo com os analistas do BTG a deslistagem da Cielo “faz total sentido estratégico para os controladores, principalmente o Bradesco”.

Eles acreditam que o banco necessita proteger e reforçar suas vantagens competitivas no segmento de pequenas e médias empresas (PMEs). “A integração completa do Itaú e de seu braço adquirente, a Rede, permitiu que o principal concorrente do Bradesco ganhasse participação de mercado e, ao mesmo tempo, sustentasse um excelente retorno sobre patrimônio (ROE) no nicho de PMEs”, explicam.

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Rosman, Buchpiguel, Paura e Lima afirmam que, se/quando a Cielo sair de fato da bolsa, o Bradesco terá que negociar com seu parceiro Banco do Brasil a melhor forma de integrar a companhia à sua oferta bancária.

O objetivo final do negócio, segundo os analistas, é tratar o braço adquirente mais como um produto do que como uma empresa independente.

Editora-assistente
Editora-assistente no Money Times e graduanda em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Entrou para a área de finanças e investimentos em 2021.
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