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Tech brasileira “imune” à Selic está pronta para subir 30% e ver receita disparar, diz Credit

25 ago 2022, 16:47 - atualizado em 25 ago 2022, 17:13
Sinqia
Trata-se da Sinqia, companhia de software para o mercado financeiro. No ano, o papel sobe 26% e tem fôlego para subir mais 30% (Imagem: Divulgação/Sinqia)

A alta da Selic aqui no Brasil provocou uma devastação no setor de tecnologia na bolsa, com empresas como Locaweb (LWSA3) e Méliuz (CASH3) desabando.

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Apesar da recente recuperação, essas companhias continuam no vermelho no acumulado do ano. No entanto, uma empresa enfrenta com resiliência o cenário macro difícil.

Trata-se da Sinqia (SQIA3), companhia de software para o mercado financeiro. No ano, o papel sobe 26% e tem fôlego para subir mais 30%, estima o Credit Suisse em relatório enviado a clientes.

O banco suíço elevou o preço-alvo de R$ 23 para R$ 26 com indicação “outperform”, o que equivale à recomendação de compra.

Para o Credit, a companhia continuará crescendo as receitas em um ritmo orgânico robusto, devido ao aumento das vendas cruzadas.

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“Além disso, as iniciativas em andamento da Sinqia para unificar seus produtos devem levar a um aumento nas margens nos próximos anos”, diz.

Outras avenidas de crescimentos são as fusões e aquisições, que podem dar um fôlego extra para o papel.

Pelos cálculos do banco suíço, a Sinqia tem uma avaliação atraente de preço sobre lucro de 32 vezes para 2022. Em 2023, o Credit prevê esse número em 21 vezes. Com um caixa desalavancado, o indicador cairia para 17 vezes em 2023.

Receitas podem subir

Os analistas Daniel Federle e Victor Ricciuti lembram que a empresa relatou um crescimento orgânico sólido na ARR (Receitas Recorrentes Anuais de Software, em tradução livre) de 24% no 2º trimestre, com 13 pontos percentuais de repasse da inflação e 11 pontos percentuais de volume.

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“Esses números implicam tanto uma boa capacidade de repassar a inflação aos contratos quanto uma capacidade considerável de crescer em termos reais”,  observam.

Na visão de Federle e Ricciuti, a aceleração do crescimento da Sinqia vem de uma combinação de melhor mix (após fusões e aquisições de alto crescimento) e vendas cruzadas crescentes.

De acordo com os analistas, a Sinqia tem espaço para dobrar sua receita por cliente em um período de cinco anos.

A dupla elevou as estimativas de receita em 3% para R$ 603 milhões em 2022 e 2% para R$ 700 milhões em 2023.

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“Conservadoramente, mantemos nossas estimativas de Ebitda bastante estáveis para ambos os anos, pois a Sinqia ainda está em processo de ajuste da força de trabalho de empresas recentemente adquiridas, o que pode colocar alguma pressão sobre as despesas de curto prazo”, colocam.

Margens positivas

Ainda segundo a dupla, a companhia vem simplificando seu portfólio de produtos.

“Após tantas aquisições, a Sinqia acumulou diferentes soluções para atender os mesmos segmentos. Como resultado, a empresa está escolhendo a melhor solução em cada área a ser desenvolvida e espera migrar gradualmente os clientes existentes para ela”, destacam.

Eles preveem um prazo justo para o desligamento de soluções antigas de cinco anos, quando a maior parte das eficiências deve ser capturada e os ganhos de margem podem chegar a cinco pontos percentuais.

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Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
renan.dantas@moneytimes.com.br
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.