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Tecnologia antecipa prenhez de novilhas. As “vazias” virarão carne gourmet

26 maio 2021, 13:59 - atualizado em 26 maio 2021, 14:09
Vacas com essa foto poderão gerar bezerros mais cedo que o normal e o produtor gastar menos (Imagem: Pixabay)

Os pecuaristas mais qualificados buscam tecnologias para encurtar o ciclo da pecuária bovina, além da genética e outras variáveis. Quanto menos tempo levar para o capital ficar pronto – e melhorado – gasta-se menos para mantê-lo e ganha-se mais na margem de comercialização.

Na engorda, muito já se evolui. Já se tem muito boi acabado, da desmama à terminação, em até 2 anos, ou até pouco menos. Agora, quem não consegue antecipar a prenhez das vacas, terá mais uma tecnologia à disposição.

A Agência Paulista de Tecnologia do Agronegócio (Apta), do governo estadual, vai mostrar nesta quinta (27) o jeito de fazer o animal gerar um filhote a partir de 14 a 15 meses. No Brasil, o normal é 24 meses.

O sistema de produção de novilhas precoces para matrizes utilizam várias ferramentas que se conjugam com a alimentação e suplementação específicas.

Aquelas que não entrarem em fetação, ficarem “vazias” (no jargão da pecuária), podem ir para o abate para o mercado gourmet ou exportações, que preferem animais jovens (até quatro dentes), com menos gordura, mais ou menos como o já conhecido boi China

O processo foi desenvolvido na Regional de Colina da Apta, de onde saiu o clássico “boi 777”, designação para o ganho de peso de 7 @ na desmana, 7 na recria e 7 na engorda, em no máximo 24 meses. Hoje o sistema domina as criações de grandes produtores de animais para carne de exportação.

A pesquisadora da instituição da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, Laura Prados, conta que novilhas desmamadas aos 180 kg possam chegar a 300 com até 15 meses, momento em que estariam aptas a serem cobertas por touros ou emprenhadas por inseminação.

Neste peso, a lactação para os futuros bezerros também está garantida, naturalmente.

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Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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