Tecnologia

Tecnologia inibe crime digital e fraude em anúncios; saiba como evitar os golpes

12 maio 2023, 11:13 - atualizado em 12 maio 2023, 11:13
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O crime digital está cada vez mais sofisticado. (Imagem: Shutterstock/DenPhotos)

Quando o assunto é crime digital, roubo de senha do cartão de crédito, sites falsos e fraude em anúncios estão entre os tópicos mais comentados. Com o avanço da tecnologia, os métodos para aplicação de golpes estão cada vez mais sofisticados.

A fraude de anúncios digitais tem sido um dos meios que criminosos utilizam para atrair vítimas para seus golpes. Tamirys Collins, gerente de marketing da América Latina da TrafficGuard, startup que atua globalmente no combate de tráfego inválido em anúncios digitais, aponta que ao passo que a tecnologia avança, os criminosos se adaptam.

“O grande ponto é que as equipes de segurança pensam em uma estratégia macro e esquecem áreas mais vulneráveis, como é o caso do marketing. Geralmente, há um investimento grande em sistemas, firewall, autenticação em dois fatores, criptografia, detecção e prevenção de intrusões, mas a fraude nos anúncios digitais ainda não é prioridade para muitas empresas”, explica a gerente.

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Fraude em anúncios publicitários

Com a automação de processos por meio da tecnologia, robôs podem ser programados para automatizar qualquer ação no fluxo do usuário ou no próprio site ou aplicativo, enviando cliques, atribuindo instalações de aplicativos e ativando eventos in-app falsos, sem gerar qualquer engajamento real.

Para imitar o comportamento humano, cibercriminosos usam bots, fazendas de cliques e outros métodos. Assim, conseguem  aumento de cliques e impressões.

O aprimoramento constante fez com que a fraude nos anúncios digitais aumentasse 300% em quatro anos, conforme pesquisa da Statista.  “As consequências disso consistem em dados totalmente poluídos. Muitas pessoas sequer sabem que 28% do tráfego digital não é humano de acordo com dados da Adobe”, pontua.

Além disso, de acordo com a especialista, todos os anunciantes, independente do segmento, devem se atentar ao problema. “Setor de turismo, educação, e-commerce e financeiro estão entre os mais afetados, mas a verdade é que toda marca que invista em anúncio digital deve se prevenir contra tráfego inválido. Não é questão de saber se são alvo de criminosos, porque isso é fato, mas quanto estão tendo prejuízo ao não protegerem seus anúncios”, complementa Tamirys.

Como evitar golpes

Como a detecção e o controle de atividade de bots está cada vez difícil, a implementação de uma tecnologia que identifique essa atividade em tempo real é fundamental. Assim,  as empresas conseguem proteger suas plataformas online.

“Para driblar a fraude, que evolui de tempos em tempos, é preciso contar com tecnologia avançada, que use várias camadas de proteção, combine uma série de regras e use inteligência artificial e machine learning para identificar em tempo real interações suspeitas com o anúncio e possam bloqueá-las antes que impactem o budget da campanha”, finaliza.

E-commerce

O Dia das Mães é uma data importante para o varejo e o e-commerce. No entanto, também é um atrativo para aplicação de golpes na internet, alerta a Febraban.

Nestes períodos de datas comemorativas é necessário maior cuidado com o fornecimento de dados pessoais e a atenção deve ser redobrada para que o consumidor não caia em golpes.

As abordagens de criminosos são comuns em páginas falsas, que simulam e-commerce, promoções inexistentes enviadas por e-mails, SMS e mensagens de WhatsApp e a criação de perfis falsos que investem em mídia para aparecerem em páginas de buscas e stories de redes sociais.

“Desconfie de abordagens em que alguém diga que há uma grande oportunidade de compra, de promoções mirabolantes de produtos e nunca clique em links recebidos em mensagens. Sempre faça as compras em sites conhecidos e pesquise comentários de outros consumidores em sites de reclamações”, alerta Adriano Volpini, diretor do Comitê de Prevenção a Fraudes da Febraban.

Estagiária
Estudante de jornalismo. Foi redatora durante um ano, trabalhando com hard news. Escreve sobre tecnologia, economia, política e empresas.
Estudante de jornalismo. Foi redatora durante um ano, trabalhando com hard news. Escreve sobre tecnologia, economia, política e empresas.
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