Agronegócio

Tecnologia permite rastrear carbono em espiga de milho

06 set 2020, 14:00 - atualizado em 03 set 2020, 13:38
Milho
Poluentes podem ser encontrados já no início da cadeia alimentar, como em fertilizantes e outros produtos químicos (Imagem: Unsplash/@katerinalandia)

Em breve, empresas serão capazes de rastrear emissões de carbono de uma espiga de milho até a costeleta de porco, permitindo a comercialização de produtos para consumidores ambientalmente conscientes.

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A Farmer’s Business Network (FBN) – que é conhecida como a “Amazon” para agricultores – lançou a Gro Network, que vai rastrear e pontuar a intensidade de carbono do grão.

Isso permitirá que clientes possam etiquetar seus produtos como “verdes” e possibilitar um preço mais alto para agricultores que usam práticas mais sustentáveis.

É mais uma inovação para capitalizar a crescente demanda por alimentos com menor impacto ambiental. Poluentes podem ser encontrados já no início da cadeia alimentar, como em fertilizantes e outros produtos químicos usados por fazendeiros nas plantações que permeiam o sistema de abastecimento de alimentos, à medida que os grãos são usados por processadoras de carne em rações.

A tecnologia da Gro oferece uma pontuação que os produtores podem mostrar aos clientes, comprovando o impacto ambiental dos produtos com transparência e criando um produto premium nas prateleiras de carne dos supermercados.

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Startups de agrotecnologia como Indigo, FBN e Grainster emergiram nos últimos anos para desafiar empresas como Archer-Daniels-Midland, Bunge, Cargill e Louis Dreyfus – o célebre quarteto de tradings de commodities agrícolas que dominam o mercado.

A Gro Network, que nasceu há cerca de dois anos como um projeto de pesquisa dentro da FBN, trabalha com grandes compradores de grãos como Unilever e a produtora de biocombustíveis Poet, conectando-as diretamente a agricultores de baixo carbono.

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A tecnologia da Gro oferece uma pontuação que os produtores podem mostrar aos clientes, comprovando o impacto ambiental dos produtos com transparência (Imagem: REUTERS/Juan Carlos Ulate)

“Não há razão para não trabalharmos juntos”, disse Devin Lammers, presidente da Gro Network, sobre o relacionamento da empresa com agricultores. “Percebemos que os compradores de grãos desejam ajustar suas cadeias de abastecimento, e isso é uma coisa muito complexa e desafiadora de se fazer, e descobrimos que podemos desempenhar um papel nisso”, afirmou em entrevista por telefone.

Embora a Gro seja uma das primeiras a oferecer transparência à cadeia de suprimentos, a concorrência deve aumentar.

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O serviço de varejo online da FBN também é oferecido por concorrentes, como a Nutrien. Junto com o acesso às compras, a Nutrien oferece conselhos sobre produtos que melhor se adaptam aos tipos de sementes que agricultores estão plantando.

A capacidade de empresas como a Nutrien de adicionarem recursos semelhantes às suas plataformas torna a Gro vulnerável a empresas maiores que recuperem participação de mercado dentro de alguns anos, de acordo com Seth Goldstein, analista sênior de renda variável da Morningstar Research Services.

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