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BTG (BPAC11) vai subir nível de rentabilidade? CFO responde

11 nov 2025, 16:16 - atualizado em 11 nov 2025, 16:48
BTG
Questionado em teleconferência com jornalistas, Renato Cohn, CFO do banco, afirmou que quanto mais alto o indicador, mais desafiador é mantê-lo. (Imagem: Divulgação)

O BTG Pactual (BPAC11) bateu recorde após um segundo trimestre já considerado forte. Com a régua elevada, o mercado agora se debruça sobre se o banco conseguirá sustentar o ROE (retorno sobre o patrimônio) acima do patamar de 27% a 28%.

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Na gestão, o discurso é de cautela. Questionado em teleconferência com jornalistas, Renato Cohn, CFO do banco, afirmou que quanto mais alto o indicador, mais desafiador é mantê-lo.

“Lembrando que, quando começamos o ano, passamos no guidance a expectativa de um ROE um pouco superior ao do ano anterior, que foi de 23,1%. Portanto, esperávamos algo ligeiramente acima”, disse.

  • VEJA MAIS: O que os balanços do 3T25 revelam sobre o rumo da bolsa brasileira e quais ações podem surpreender nos próximos meses – confira as análises do BTG Pactual

Ainda segundo Cohn, é provável que o BTG entregue um ROE acima de 24%, provavelmente mais próximo do patamar de 25% neste ano.

O que vem para 2026?

Com o ano praticamente encerrado, os investidores já começam a desenhar o cenário para 2026, período que deve ser marcado por eleições e pela queda dos juros.

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Apesar disso, os executivos evitam traçar projeções detalhadas.

“Projetar esse número (ROE) para 2026 ainda é prematuro. Não há conforto para fazer essa projeção por uma série de fatores. Ainda há muitas incertezas. Entraremos em um calendário eleitoral, e a taxa de juros deve iniciar um processo de queda, o que deve alterar um pouco o cenário”, disse Cohn.

Ele explicou que, quando os juros caem, há impacto no mercado. É provável que ocorra uma migração de fluxos para outros tipos de ativos, o que pode afetar o retorno de algumas áreas de negócio.

Como o BTG quer continuar crescendo

Segundo Cohn, algumas linhas de negócio nas quais se espera um crescimento estrutural são Corporate Lending, Asset Management e Wealth Management.

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“À medida que novos clientes entram — o que chamamos de Net Money, isto é, a adição líquida de novos clientes —, esperamos que essas áreas continuem crescendo. E, com esse crescimento, naturalmente veremos novos recordes”, afirmou.

O CFO destacou ainda que as novas iniciativas, produtos e serviços geram receita adicional para a base crescente de clientes, que se beneficia dessas inovações.

“O aumento da base de clientes, somado aos novos serviços e negócios, também promove um crescimento estrutural das receitas.”

Mercado de capitais

No mercado de capitais, o CEO, Roberto Sallouti, afirmou que, especialmente o segmento de produtos isentos de impostos, tem comprimido os spreads em ofertas e emissões de dívida de alta qualidade para níveis muito baixos.

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“Tanto que, no segmento corporativo de grande porte da nossa carteira de crédito, não aumentamos a exposição, pois entendemos que o mercado está aceitando spreads mais estreitos do que consideramos sustentáveis no longo prazo”, afirmou Sallouti.

Na avaliação do executivo, há uma correlação negativa com as taxas de juros — ou seja, se as taxas caírem, a expectativa é de aumento dos spreads, mesmo sem deterioração adicional no ambiente de crédito.

“No entanto, um período prolongado de juros nesses níveis traz desafios para empresas mais alavancadas, e já começamos a ver algumas delas reportando essas dificuldades”, disse.

“Não esperamos nada dramático, mas estamos cautelosos, especialmente em relação à nossa carteira de crédito corporativo, que não conta com as isenções fiscais nem com as características de liquidez dos mercados de capitais.”

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Banco Pan

Com a integração do Banco Pan (BPAN4), o BTG pretende convergir para uma única plataforma de banco digital no início de 2027, o que, segundo o CEO, melhorará significativamente a experiência do cliente, aumentará a alavancagem operacional e reduzirá o risco da operação.

Em meados de outubro, o BTG propôs incorporar o Pan, banco no qual já detém 76,9% de participação. Após a incorporação — que ainda depende de aprovações regulatórias —, o Pan será convertido em subsidiária integral indireta e deixará a bolsa.

“Vemos muitos benefícios nessa consolidação — ainda estamos nos estágios iniciais, mas provavelmente começaremos a ver esses efeitos a partir de 2027. É provável que não haja impactos significativos em 2026”, afirmou Sallouti.

“Acreditamos que podemos continuar crescendo nesse segmento (de varejo), o que aumentará ainda mais a diversificação, especialmente no crédito”, completou.

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Com Reuters

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Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É também setorista de setor financeiro. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
renan.dantas@moneytimes.com.br
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