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‘Temos o melhor negócio do mundo; se vai mal, cresce 20%’, diz CEO da XP

25 jul 2025, 16:03 - atualizado em 25 jul 2025, 16:12
Thiago Maffra
(Imagem: Linkedin)

O CEO da XP (XP), Thiago Maffra, vê a empresa em um ótimo cenário, mesmo com mais incerteza pelo caminho, em meio à disparada da Selic, a taxa básica de juros, e as tarifas de Donald Trump de 50% sob o Brasil.

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“Eu falo que temos o melhor negócio do mundo. Um negócio que, quando vai mal, cresce 15%, 20% e, quando vai bem, cresce acima de 30%”, disse em conversa com jornalistas no XP Expert.

Segundo ele, a expectativa é entregar ROE (retorno sobre o patrimônio líquido) ao redor de 25%.

“E esse ROE tem crescido ao longo do tempo. Então, temos um negócio com baseléia sobrando. Acreditamos que, nos próximos anos, a gente consiga ver esse ROI subindo ainda mais, que é o que a gente tem falado para os nossos investidores”.

Projeções seguem inalteradas

Questionado se a XP mantém o guidance de crescimento para este ano, o executivo respondeu que sim. Porém, se antes a companhia esperava batê-lo na faixa superior, agora as perspectivas estão mais pessimistas.

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“Hoje a gente está mais para a banda de baixo, dado os três anos de cenário desafiador, mas continua valendo”.

Atualmente, a XP espera atingir, para 2026, margem EBT anual entre 30 e 34% e receita bruta entre R$ 22,8 e 26,8 bilhões, além de índice de capital gerencial entre 16% e 19%.

O CEO vê ainda crescimento de 10% a 20%, dependendo do ano, “que foi o que fizemos em anos ruins”.

“Mas é óbvio que se a gente tiver um bull market, um cenário mais propício, a gente vai crescer 30%”.

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Ele cita três pilares principais para a XP:

  • investimentos, que foram a grande jornada da XP até aqui.
  • produtos de cross-sell voltados para esses clientes e investidores, como câmbio, crédito, seguros, conta digital, cartão. Atualmente, essa frente representa 15% e 18% da receita;
  • banco de atacado, que começou há cinco anos que hoje movimenta algo próximo de R$ 5 bilhões por ano.

“Tenho certeza de que, em algum momento, vamos crescer tanto no cross-sell, quanto com o banco de atacado e, com a melhora do mercado, os investimentos também vão voltar a crescer”.

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Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
renan.dantas@moneytimes.com.br
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.