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Tenda (TEND3) engata 7 trimestres de prejuízo, eleva margens e tem geração de caixa recorde no 2T23

02 ago 2023, 20:34 - atualizado em 02 ago 2023, 20:37
construtora Tenda
Tenda reduziu o prejuízo em quase 90% de abril a junho e exibiu recuperação com o crescimento de outros números (Foto: Tenda/Divulgação)

O prejuízo líquido da Tenda (TEND3) atingiu R$ 11,8 milhões no segundo trimestre deste ano, reduzindo o montante em 89,8% na comparação com o prejuízo de R$ 116,4 milhões registrado no mesmo período de 2022. Com isso, a companhia engatou sete trimestres seguidos de prejuízo. Os números consideram os resultados da construtora e de sua subsidiária Alea.

Em contrapartida, a receita líquida cresceu 13,3% entre abril e junho na base anual, para R$ 710,4 milhões. Enquanto o lucro bruto ajustado consolidado avançou 55,3% ante o segundo trimestre do ano passado, para R$ 158,8 milhões. A margem bruta ajustada foi de 22,4%, alta de 6 pontos percentuais (p.p.) na mesma base de comparação.

Por outro lado, a empresa gerou caixa operacional de R$ 73,8 milhões no trimestre, enquanto queimou R$ 26,4 milhões no mesmo período do ano passado. Considerando só a Tenda, a geração foi de R$ 101,9 milhões, montante recorde, segundo a companhia.

“O resultado, somado à mais uma bem-sucedida venda de recebíveis pró-soluto, fez com que a Tenda reduzisse em R$ 129 milhões, ou em 21%, sua dívida líquida em um único trimestre”, comentou a administração da construtora mineira. Sendo assim, a dívida líquida sobre o patrimônio líquido ficou em 90,2%, 27 p.p. acima do visto um ano antes.

Desta forma, a Tenda encerrou o primeiro semestre do ano com prejuízo líquido de R$ 52,4 milhões, redução de 71,2% no comparativo anual. Por sua vez, a receita líquida subiu 12,7% no período, para R$ 1,36 bilhão.

Tenda divulga projeções

A Tenda divulgou também projeções para 2023, na qual manteve a expectativa de margem bruta ajustada de 24,0% a 26,0% no ano, enquanto para as vendas líquidas, a empresa estima resultado entre R$ 2,7 bilhões e R$ 3 bilhões. Entretanto, o montante desconsidera as unidades do programa Pode Entrar, da prefeitura de São Paulo.

No entanto, a construtora considerou riscos que podem interferir nas estimativas, como o “risco de inflação de custo ser acima da inflação orçada, de 5%”. Além do risco da curva de normalização da ineficiência ser mais longa do que o previsto.

Por outro lado, a Tenda vê oportunidade de incrementar seus preços com eventuais revisões no programa Minha Casa, Minha Vida, podendo impactar o volume de vendas.

Em mensagem aos investidores, a administração disse que a partir do terceiro trimestre, a receita deverá ser majoritariamente de projetos lançados a partir de 2022. Isso porque de abril a junho, 47% da receita ainda foi proveniente de projetos lançados em 2021 ou antes.

Prévia apontou crescimento no trimestre

No mês passado, a empresa de construção civil divulgou a sua prévia operacional do período registrando aumento de 31% em suas vendas líquidas ante um ano antes, para R$ 732 milhões. O indicador de velocidade de vendas (VSO) cresceu 3,4 pontos percentuais (p.p.), indo a 26,2%.

Entre abril e junho, a Tenda lançou 12 empreendimentos, atingindo valor geral de vendas (VGV) de R$ 931,4 milhões, alta de 21% em relação ao mesmo trimestre de 2022, enquanto mais que dobrou ante o primeiro trimestre deste ano.

Números de julho

Além disso, a Tenda adiantou que atingiu em julho, primeiro mês com os novos parâmetros do Minha Casa, Minha
Vida, o maior volume mensal de vendas desde maio do ano passado.

Foram vendidas 1,5 mil unidades, 17% acima da média mensal do primeiro semestre. O valor por unidade foi de R$ 210 mil, aumento de 3,5% na comparação com o preço médio visto de abril a junho.

Leia os resultados da Tenda na íntegra:

Repórter
Jornalista mineira com experiência em TV, rádio, agência de notícias e sites na cobertura de mercado financeiro, empresas, agronegócio e entretenimento. Antes do Money Times, passou pelo Valor Econômico, Agência CMA, Canal Rural, RIT TV e outros.
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